'A Síria é muito diferente dos outros países'
MORRIS KACHANI. ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
A Primavera Árabe deveria ser chamada de "bagunça árabe", só representou instabilidade para a região e até agora não mostrou a que veio. Bashar Assad, há onze anos no poder na Síria, tendo herdado a cadeira da Presidência de seu pai, Hafez, que por quase trinta governou o país, não pode ser considerado um ditador -e sim um grande reformista. Ao contrário do que diz a ONU, e apesar dos dez mil mortos em 15 meses, a Síria não vive uma guerra civil. O pensamento de Mohammed Khadour, embaixador da Síria no Brasil, jornalista de formação, que nas últimas décadas ocupou cargos de chefia no ministério da informação e nos principais meios de comunicação do governo, sintetiza o ponto de vista do establishment de Damasco. "Desde que não se critique o presidente, os interesses soberanos da nação e a liberdade religiosa, tudo é permitido na Síria", diz ele, em entrevista para a Folha. ...”
Viva a Folha, ainda tem esperança para a mídia.