“Hannah Arendt e seu marido Heinrich são judeus alemães que chegaram aos Estados Unidos como refugiados de um campo de concentração nazista na França. Para ela a América dos anos 50 é um sonho, e se torna ainda mais interessante quando surge a oportunidade dela cobrir o julgamento do nazista Adolf Eichmann para a The New Yorker. Ela viaja até Israel, e na volta escreve todas as suas impressões e o que aconteceu, e a revista separa tudo em 5 artigos. Só que aí começa o verdadeiro drama de Hannah: Ela mostra nos artigos que nem todos que praticaram os crimes de guerra eram monstros, e relata também o envolvimento de alguns judeus que ajudaram na matança dos seus iguais. A sociedade se volta contra ela e a New Yorker, e as críticas são tão fortes que até mesmo seus amigos mais próximos se assustam. Hannah em nenhum momento pensa em voltar atrás, mantendo sempre a mesma posição, mesmo com todo mundo contra ela.” (hipnose do filme no Candango)
“Ainda, em 1963, escreveria "Eichmann em Jerusalém" a partir da cobertura jornalística que faria do julgamento do exterminador dos judeus e arquiteto da Solução Final para a The New Yorker. Nesse livro impressionante revela que o grande exterminador dos judeus não era um demônio e um poço de maldade (como o criam os ativistas judeus) mas alguem terrível e horrivelmente normal. Um típico burocrata que se limitara a cumprir ordens, com zelo, sem capacidade de separar o bem do mal, ou de ter mesmo contrição. Esta perspectiva valer-lhe-ia a crítica virulenta das organizações judaicas que a considerariam falsa e abjurariam a insinuação da cumplicidade dos próprios judeus na prática dos crimes de extermínio. Arendt apontara, apenas, para a complexidade da natureza humana, para uma certa "Banalidade do Mal" que surge quando se compadece com o sofrimento, a tortura e a própria prática do mal. Daí conclui que é fundamental manter uma permanente vigilância para garantir a defesa e preservação da liberdade.” (Wikipédia)
Isso é praticamente impossível, só existe no mundo da filosofia.
“Somente quando as coisas podem ser vistas por muitas pessoas, numa variedade de aspectos, sem mudar de identidade, de sorte que os que estão à sua volta sabem que veem o mesmo na mais complexa diversidade, pode a realidade do mundo manifestar-se de maneira real e fidedigna.” (Hannah Arendt em “A condição humana”)
“Onde quer que a violência domine de forma absoluta, como por exemplo, nos campos de concentração e nos regimes totalitários, não apenas as leis, mas tudo e todos devem permanecer em silêncio. Somente a pura violência é muda.” (Hannah Arendt em “A condição humana”)
Um erro frequente dos filósofos é se colocarem a serviço dos interesses das sociedades às quais suplicam guarida e proteção, é defender os dessas, sociedades, interesses, e em consequência, as suas conveniências. Ela, por exemplo, não toca na violência permissiva da Democracia e do Capitalismo causadores de hordas de miseráveis passando fome e outras necessidades nos conglomerados humanos concentrados nas megalópoles e outras cidades menores.
Embora ela tenha tido uma postura corajosa, como judia ou não, ao não satanizar os nazistas.