Estabelecer regras para a Previdência com base na expectava de vida pela média é uma atitude criminosa porque os ricos puxam a média para cima bem distante da expectativa de vida do povo, das classes menos favorecidas.
As centrais sindicais em vez de ficarem brigando para ver quem é a maior e mais poderosa, deviam se unir e coletar assinaturas para apresentar um projeto justo para o trabalhador e não ficar esperando que os políticos e empresários enfiem goela abaixo essas reformas que sempre são pagas pelo trabalhador. Com certeza conseguiriam muito mais que 10 milhões de assinatura que são 10 vezes mais que o necessário para apresentar um projeto no Congresso, quanto mais assinaturas mais pressão para sua aprovação.
Quero ver se o "Vem pra rua" era só para tirar a Dilma/PT ou é realmente a favor do povo.
"Reforma da previdência para quem?
MAIO 17, 2016 / 890 VIEW
Proposta para uma reforma efetiva e pragmática.
Vitor Araújo Filgueiras[1] e José Dari Krein[2]
Está em pauta, mais uma vez, uma reforma da Previdência. Desde os anos 1990, têm ocorrido sucessivas mudanças nas regras previdenciárias no Brasil, prevalecendo a redução de direitos de trabalhadores, dependentes e aposentados. A justificativa para os ataques aos benefícios, consumados ou almejados, tem sistematicamente se baseado na comparação entre receitas (algumas) e despesas imediatas da Previdência, cujo resultado seria negativo. Com base nessa ótica são feitas as alterações, e também com base nela a Previdência continua sendo considerada deficitária.
O objetivo deste breve texto é demonstrar que: 1) é possível haver uma elevação substancial da receita da Previdência (ou, na forma de cálculo dominante, superávit no balanço), caso seja priorizada a arrecadação via combate à sonegação das contribuições; 2) as propostas em curso não focam as receitas e o ataque à sonegação previdenciária porque a forma como a política pública previdenciária é discutida e implementada (a opção entre enfatizar gastos ou arrecadação) no Brasil tem natureza classista, e priorizar o corte de gastos como forma de regulação da Previdência atende aos interesses dominantes.
Agora, um dos argumentos para a nova reforma da Previdência é a mudança na estrutura demográfica da população brasileira. Entretanto, a tônica e o pano de fundo do debate são, mais uma vez, cortes nas despesas com benefícios, sendo aventada, inclusive, sua desvinculação ao salário mínimo. Há algumas décadas, forças empresariais e seus representantes pregam a existência de um suposto déficit da previdência, consistindo basicamente na diferença entre contribuições em folha e individuais (patronal e dos trabalhadores) e despesas gerais. Nessa conta, no ano de 2015, o déficit teria atingindo 85,8 bilhões de reais[3]. ..."
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