quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A DESIGUALDADE DOS IGUAIS

“Outro fator marcante são as diferenças entre o aluno rico e o aluno pobre. O aluno de classe média ou alta tem condição financeira de ingressar em escolas particulares, onde há qualidade no ensino, e os da classe “C ou D” são obrigados a estudar na rede de ensino público de má qualidade. Essa diferença pode ser percebida quando esses alunos de classes diferentes disputam uma vaga no mercado de trabalho. A concorrência é desleal.” (Emanuel Pinheiro, deputado estadual em Mato Grosso)

“Rico ainda é maioria em universidade pública

O acesso à universidade pública ainda é um desafio para a população mais pobre. Dados da pesquisa mostram que mais da metade (54,3%) dos alunos que freqüentam as universidades públicas pertencem aos 20% mais ricos da população.

Segundo o IBGE, o número tem declinado nos últimos anos, mas permanece elevado. Segundo o presidente do instituto, Eduardo Nunes, ele reflete a concorrência elevada para a entrada em universidades públicas. "Quem consegue ingressar na rede pública são pessoas que têm renda superior", afirmou Ana Lúcia Sabóia, coordenadora da pesquisa. ...” (Universidade Federal de Campina Grande, folha SP)

“A concorrência injusta e o poder de seleção das universidades

As cotas univesitárias, a saber, a reserva de vagas a candidatos com baixa renda ou pertencentes a grupos historicamente excluídos, são criticadas, por alguns, por serem uma "violação da meritocracia", ou seja, argumentam que o ingresso no ensino superior deve ser feito prestigiando a igualdade entre os concurseiros. Essa igualdade, entretanto, não passa de uma "ilusão", pois pretende-se equparar pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades.

Como é possível, em um país com grandes disparidades sócio-econômicas, haver igualdade durante a concorrência de vagas de uma universidade? É óbvio que a seleção dos vestibulares exclui a parte da população que não teve acesso a uma educação de qualidade, o que não é excessão no Brasil, haja vista a precariedade do ensino público. Os "anti-cotas" alegam que um cotista, cujo ingresso também é feito através dos mesmos exames que os outros candidatos, retirará a vaga de outros. Isso pode ser resolvido simplesmente aumentando as vagas nos cursos, mantendo intocáveis as demais.

Após ingressarem na vida acadêmica, aos cotistas serão exigidas as mesmas dificuldades que aos outros estudantes. A universidade tem amplas condições de selecionar os bons alunos durante seu curso. E mesmo que, por falta de competência, não consiga, o mercado de trabalho se encarregará disso. Ninguém contratará um médico ou um engenheiro incompetente.

Portanto, enquanto o Brasil se mantém como um país altamente contraditório, com um altíssimo coeficiente de gini, ou seja, com grande diferença de renda, com ricos e pobres separados por um abismo, é necessária sim uma correção, durante o ingresso na universidade, da desigualdade de oportunidades que marca o Brasil.” (leosueiro123)

“Rede pública perde espaço entre os melhores do ENEM” (folhaSP)

“ENEM reprova (sic) ensino das escolas públicas.” (oglobo)

“Em um ano nota média do ENEM cai em 68% das escolas de elite em São Paulo.” (estadão)

“Colégios afirmam que seus melhores alunos não se inscrevem no exame porque USP e Unicamp não utilizam a nota no vestibular.” (estadão)

“Rio e Minas, estados com universidades federais que utilizam o ENEM, tem boas notas. (estadão)

O critério deveria ser a consideração das notas dos períodos escolares anteriores a universidade, o vestibular é uma aberração consequência da incompetência dos políticos, um atestado da baixa qualidade do ensino e para dar dinheiro para os donos de cursinhos, é uma indústria. Se fosse considerado o desempenho anterior do aluno ao longo de sua “carreira” escolar, mesmo assim haveria injustiça porque os alunos pobres e negros geralmente tem que trabalhar e estudar ao mesmo tempo que no casos dos negros a remuneração é inferior aos outros trabalhadores além de terem maior dificuldade em arranjar emprego. Se as condições de concorrência fossem justas, ainda assim haveria outro fator que geralmente não é considerado, a capacidade intelectual dos indivíduos varia muito e aqueles que não tem capacidade intelectual para cursar uma universidade, a esses não deveria ser permitido nem tentar porque iria resultar num profissional deficiente e isso independe de classe social, tem muitas famílias ricas ou da classe média que querem de qualquer maneira um “doutor” tenha ou não o filho potencial para tal. Parece até defesa da Eugenia, mas é a realidade humana, não adianta tentar tapar o sol com peneira só para melhorar as estatísticas oficiais, enquanto não recuperarem a Educação aos níveis das gerações anteriores, esses entraves permanecerão.

Todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que os outros, Democracia é isso aí, o mais dotado se dá bem. Bem melhor.