domingo, 15 de abril de 2012

LISA PARAGUAIA


Índia teus cabelos nos ombros caídos
Negros como as noites que não tem luar
Teus lábios de rosas para mim sorrindo
E a doce meiguice desse teu olhar

Índia, da pele morena, da boca pequena, eu quero beijar, beijar

Índia, sangue tupi
Tens o cheiro da flor
Vem que eu quero te dar
Todo o meu grande amor

Quando eu for embora para bem distante
E chegar a hora de dizer adeus
Fica nos meus braços só mais um instante
Deixa os meus lábios se unirem aos teus

Índia levarei saudade da felicidade que você me deu, me deu

Índia a tua imagem,
sempre comigo vai
Dentro do meu coração
Flor do meu Paraguai

ÍNDIA (José Asunción Flores/ Manuel Ortiz Guerrero/ versão José Fortuna)


Cansado de tanto amar
Eu quis um dia criar
Na minha imaginação
Um mulher diferente,
De olhar e voz envolvente,
Que atingisse a perfeição.

Comecei a esculturar
No meu sonho singular
Essa mulher fantasia:
Dei-lhe a voz de Dulcinéia,
A malícia de Frinéia
E a pureza de Maria.

Em Gioconda fui buscar
O sorriso e o olhar;
Em Du Barry o glamour
E para maior beleza
Dei-lhe o porte de nobreza
De madame Pompadour.

E assim, de retalho em retalho
Terminei o meu trabalho,
O meu sonho de escultor
E quando cheguei ao fim
Tinha diante de mim
Você, só você meu amor.

ESCULTURA (Adelino Moreira)


Este seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar

Doce é sonhar
É pensar que você
Gosta de mim
Como eu de você!

Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais

Ah! Se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos...

ESTE SEU OLHAR (Tom Jobim)
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