As pessoas que nos fazem confidências se acham automaticamente no direito de ouvir as nossas. (Friedrich Wilhelm Nietzsche)
Muitos anos antes de ler Nietzsche, eu já pensava que a pessoa que é tua confidente não é necessariamente confidente dela, melhor explicando, se tu confidencias a alguém esse alguém talvez confidencie para outra pessoa que não tu, a confidente dela pode ser outra não tu. Aí, xará, tás na roça, teu segredo já era, vai se espalhar pela procissão do Círio toda.
Já diz o ditado: A melhor maneira de guardar um segredo entre três pessoas é matar duas. É a única garantia. Mesmo assim, tem uma outra estória:
Um camponês "recebeu" um segredo muito importante e guardou com ele, mas a medida que o tempo passava, o segredo ia agoniando ele até o ponto dele não resistir mais e ter que contar para alguém e ao mesmo tempo ele não queria trair a confiança de quem lhe “deu” o segredo. Então ele foi para a margem de um lago e falou bem baixinho para um feixe de juncos o tal segredo. Aliviado, ele retornou ao vilarejo e quando chegou lá viu que toda a vila já sabia o tal segredo, o vento atravessando o junco que é oco, “cantou” o segredo que se espalhou pelo ar e todo mundo ouviu.