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Tudo
te atingirá se permitires.
Quem
me dera olhar, sorrir, caminhar, manter-me sentado à sua maneira, com esse quê
de liberdade, de dignidade, de discrição, de ingenuidade, de franqueza e de
mistério! Realmente assim só se pode olhar e caminhar quem estiver penetrado no
âmago de sua personalidade. Pois então, também eu me empenhava em penetrar no
âmago da minha alma.”
“...nada nesse mundo preocupou-me tanto quanto
esse eu, esse mistério de estar vivo, de ser um indivíduo, de achar-me separado
e isolado de todos os demais...”
“Para que resulte o possível deve ser tentado o impossível.”
Hermann Hesse
“Quem é pequeno vê no maior apenas o que um pequeno é capaz de perceber.”
Hermann Hesse
“Num diálogo entre Buda e
Siddharta, Siddharta manifestou seu apreço pela doutrina, e disse que não seria
seu discípulo, pois a iluminação não pode ser ensinada por doutrinas, só por
vivência, e que Buda não contara como foi sua experiência na hora da
iluminação, porque isso era impossível de ser descrito. Portanto, seguiria o
seu próprio caminho sem nenhuma doutrina e nenhum mestre, até alcançar seu
destino ou morrer. Buda disse que o desígnio de sua doutrina é a redenção do
sofrimento, nada mais. Nesse diálogo, há um trecho muito interessante em que
Siddharta diz: “... Nós, os samanas, procuramos a redenção do eu, ó Augusto.
Ora, seu eu fosse um dos teus discípulos, ó Venerável, poderia acontecer-me...
Assim receio... que meu eu só aparentemente, falazmente, obtivesse sossego e
redenção, mas na realidade continuasse a viver e a crescer, uma vez que eu
teria então a tua doutrina, teria o fato de ser teu adepto, teria meu amor a
ti, teria a comunidade dos monges e faria de tudo isso meu eu”. Govinda viu nas
palavras de Buda um ideal de vida. Já Siddharta viu em Buda um modelo, um
exemplo a ser seguido.” Mas não a realização de uma