segunda-feira, 30 de novembro de 2009

NASRUDIN DE NOVO

Caiu alguma coisa. Ao ouvir um forte estrondo, a mulher de Nasrudin saiu correndo até o quarto.
- Não precisa se preocupar, disse o Mullá, "foi apenas meu manto que caiu no chão".
- O quê? E fez um barulho desses?
- Sim, é que na hora eu estava dentro dele.

Casa de banhos. Em dada ocasião, Nasrudin chegou em uma casa de banhos, mas como estava com uma roupa velha e a barba cheia de falhas, o atendente o tomou como um vagabundo qualquer. Por isso, tudo que forneceu ao Mullá, foi uma tina de água fria e uma toalha velha.Antes de ir embora, Nasrudin se dirigiu ao atendente afim de pagá-lo. O Mullá pagou com uma grande e brilhante moeda de ouro, que fez com que o queixo do homem caísse.Dali uma semana Nasrudin voltou a casa de banhos, e embora ainda usasse andrajos, o atendente o recepcionou incrivelmente bem e lhe ofereceu seus melhores serviços. Antes de ir embora, o Mullá foi pagar o homem, mas desta vez lhe deu uma diminuta e opaca moeda de cobre:
-Mas o que é isso? - perguntou o atendente.
-Essa moeda de cobre é pelo atendimento da semana passada, e aquela moeda de ouro foi pelo atendimento de hoje.

Iogurte. Como se sabe, uma pequena porção de iogurte, quando misturada no leite, pode fermentar este último e torná-lo também iogurte. Acontece que em dada ocasião, Nasrudin estava a beira de um lago misturando iogurte no lago, quando um amigo passava:
-Nasrudin, o que está fazendo?
-Estou misturando iogurte no lago, assim teremos um lago de iogurte.
-Mas isso não funciona, Nasrudin.
-Sei que não funciona, mas já pensou se isso dá certo?

O barco e o homem letrado. Em dada ocasião, Nasrudin estava em um barco com um homem letrado, quando o Mullá disse algo que contrariava as regras gramaticais:
-Você nunca estudou gramática? - perguntou o estudioso.
-Não, nunca - respondeu Nasrudin.
-Nesse caso, metade de sua vida se perdeu - retrucou outro.
Nasrudin ficou em silêncio durante algum tempo, quando finalmente falou:
-Você nunca aprendeu a nadar? - disse o Mullá ao homem letrado.
-Não, nunca - este respondeu.
-Então, nesse caso, toda a sua vida se perdeu. Estamos afundando.