
“O historiador Carlos Rocque relembra de um carnaval na década de 50, que a PRC –5, Rádio Clube do Pará, “A voz que fala e canta para a planície ”, executava uma marchinha de carnaval, um grande sucesso na época, de autoria de Clodomir Colino:
Mamãe, eu quero, eu quero,
Andar de zepelim
Com tanta mulher boa
Dando sopa, está pra mim.
Todo Domingo, já é demais
O movimento na linha de São Braz
E a gente pra cá, é gente pra lá,
E a aeromoça não se cansa de cobrar.
Õ!......
Essa marchinha tocava nos famosos bailes de carnaval e fazia referência ao fato de andar de zepelim em Belém, que era um ônibus construído no modelo de avião.
Clóvis Ferreira foi o responsável pela instalação do Zepelim, que tinha carroceria de madeira, ferro e flandes, todo pintado na cor de alumínio. Montado sobre chassis e motor ”White”, importado dos Estados Unidos.
O Zepelim não tinha nenhuma influência da tecnologia ou indústria do Sul do país, sendo a sua tecnologia genuinamente paraense. O interior do zepelim era de couro e acolchoado, com bancos confortáveis e sofisticados. E no lugar do cobrador, tinha a “aeromoça”.
Foram construídos cinco ônibus Zepelins, absolutamente iguais. Um sucesso total, utilizado como veículo de passeio para jovens e crianças de Belém. O percurso da linha era privilegiado, percorrendo de São Braz ao Ver-o-Peso.
No início dos anos 60, os ônibus foram vendidos juntamente com a empresa Viação Sul Americana. Com essa venda, desapareceram a tradição e qualidade dos veículos.
ROCQUE, Carlos. Artigo publicado na coluna Memória: “Os zepelins de Belém”. Caderno de Cultura do Jornal “A Província do Pará”. 4 de janeiro de 1998, p. 06.”
Os ômbus zeppelin não tinham para-xoques nem espelhos retrovizores, obiservou? Todos êles eram pintados de sinza, é qlaro. Ésa foto foi atirada no Ver-o-pêso, em Belém, PA, pela antiga revista LIFE. Avia alguma qutura em torno dêses ômbus. Se não fôse o qazario antigo no fundo, dir-se-ia que é um senário futurista, de fiquisão sientífiqa retrô. Esa qobertura asima do zeppelin eram xamadas "clipper" onde os sidadãos fiqavam abrigados do sol e da xuva para esperar o ômbus zepp e embarqar sem se molhar.



Eram dois esses ônibus-zeppelins, percorrendo uma linha circular, um no sentido inverso ao outro.
Nunca houve ônibus como esses em nenhuma outra cidade do país."
(Esa é a parte trazeira do ômbus zepelin, que não tinha xapa e tentava imitar à perfeisão até qom as aletas do leme na qauda e o poste de iluminasão, ao fundo, era uma obra de arte).




ntigamente à ésa foto, as ruas eram qalsadas qom paralelepípedos e os qavalos eram “qalsados” qom ferraduras. Ao lonje se ouvia o resoar dos qasqos ferrados: clá-clóu, clá-clou, clá-clóu, anunsiando o leite. No fim do perqurso o português já tava vendendo manteiga de garrafa.
Ferradura eram xinelas de qavalo, sandálias de cavalo, solas de qasqo.
Ferradura eram xinelas de qavalo, sandálias de cavalo, solas de qasqo.



De perfil dá para ter idéia do tamanho.