sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PALESTINA IX

“A descoberta em 1925 do homem palestino nas cavernas de Zuttiyeh em Wadi Al-Amud durante o mandato do Governo britânico na Palestina fez com que desde então surgisse uma crescente compreensão do papel desempenhado pela região no desenvolvimento da cultura e da civilização humanas.
Através dessa descoberta, soube-se que a data do aparecimento dos primeiros habitantes da Palestina está profundamente ligada ao início da história da região. A data exata é muito controversa, mas calcula-se que tenha sido um milhão de anos atrás.
Nas cavernas de Wadi Al Muqhara, ao sul da Haifa, de Wadi Al-Amud, a noroeste do Lago Tiberiades, e de Wadi Khareitum, a sudeste de Belém, foram descobertas provas que em progressão cronológica sugerem uma eficiente estratégia de subsistência coletiva.”


Grupos de africanos sairam da África e passaram pela Palestina, alguns ficaram por lá (números em milhares de anos).


Como se pode ver no mapa acima, tinha muito mais comunidades na Palestina que na Mesopotâmia.




“A Idade do Bronze: O Tempo dos Cananeus
A idade do bronze deve seu nome ao uso cada vez mais freqüente deste material, uma liga de cobre e de 5-10 por cento de estanho. A primeira idade do Bronze anterior a Bíblia começa por volta de 3150 a. C. Este período se destacou pela urbanização crescente, quando a população se reuniu em cidades-estados, com uma cidade ou um povoado rodeado por aldeias e fazendas.
Algumas dessas cidades-estados eram fortificadas, e há provas de guerra entre Estados. A população total não passava de 150.000 pessoas. A economia se baseava, na maior parte, na agricultura, e a primeira idade do bronze se caracteriza pelo aparecimento da oliveira e das videiras, com as quais faziam azeite e vinho.
Há dados que demonstram o comércio com o Egito, e, como antes do segundo milênio a.C. não havia na Palestina nenhum porto, todo o comércio tinha de ser feito por terra. A cultura Cananéia começa a se desenvolver durante este período. O final desta primeira idade do Bronze foi marcado pela interrupção das relações comerciais com o Egito e pelo declínio da cultura urbana.
Desconhecem-se os motivos do abandono da vida urbana e do conseguinte auge da vida nômade ou semi-nômade. Tampouco se sabe se os moradores das foram deslocados por novos povos, ou se uma mudança climática provocou o retorno ao nomadismo. A vida urbana em assentamentos fortificados não será retomada se não em princípios do segundo milênio a.C. no Bronze Médio: reaparece a cultura Cananéia e retoma-se o comércio com o Egito. Não obstante, vem-se sinais de uma cultura diferente com o aparecimento de uma ritual de sepultamento, chamado secundário, tanto nas cavernas naturais quanto nas abertas pelo homem. Nos enterros secundários, tornavam-se a enterrar os ossos dos defuntos, depois da sepultura primitiva, num lugar diferente.
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“Quem Foram os Primeiros habitantes da Palestina?

O Dicionário Bíblico de J. Davis descreve a etimologia da Palestina assim: “Os aborígines da Palestina eram indivíduos de uma raça robusta e de elevada estatura, de que faziam parte os enaquins – Js. 11:21-22; os refains – Gn. 14:5; os horreus, os emins, e os zanzumins – Dt. 2:10-23. Traços das primitivas raças continuaram a existir ainda quando Abraão ali chegou, todo o País era ocupado, principalmente, pelos amorreus e por outras tribos menores de Canaã; mas os filisteus e os fenícios ocupavam as costas do Mediterrâneo, e os heteus habitavam a fronteira norte e em Hebrom... a História primitiva da Palestina, antes da chegada de Abraão, é muito obscura...” (Dicionário Bíblico, J. Davis; página 441,Ed. Juerp).”
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“Antigos manuscritos dão notícia de que os cananeus tiveram contatos com a Mesopotâmia desde 2000AC, recebendo influência política e social dos povos que por lá se estabeleciam, como os amoritas, assírios e egípcios. Aos poucos foram assumindo o controle político e econômico da região de tal forma que quando Josué ocupou a terra seus inimigos eram cananeus e amoritas em sua maioria, fracos por terem perdido o pouco que lhes restara. A invasão dos israelitas e o avanço dos povos do mar destruíram o que lhes tinha sido deixado pelos povos anteriores. Depois de 1100AC, a cultura cananita só existia em Tiro, Sidon e outros poucos lugares.”
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