Antes considerada o patinho feio da economia brasileira, a agropecuária hoje não só exibe números de negócios e de produtividade invejados internacionalmente, mas também protege o país das crises externas. O campo garante ao fluxo comercial do país cerca de US$ 100 bilhões anuais — montante que impediu o saldo geral de fechar no vermelho em 2011, que registrou o pior superavit em 10 anos: US$ 19,43 bilhões.
São as carnes e, sobretudo, a soja, exportadas pelo Centro-Oeste que compensam os expressivos gastos dos brasileiros lá fora e ainda garantem montantes históricos do colchão de dólares das reservas cambiais. Se, no período de implantação do Plano Real, a agricultura servia de âncora verde para a estabilidade da moeda, como alertava o então presidente da CNA, Ernesto Salvo, hoje é o escudo para a incerteza global, a despeito da infraestrutura perigosamente precária.
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De um lado, técnicos garantem que há espaço para dobrar a produção sem precisar derrubar uma árvore, apenas aproveitando cerca de 100 milhões de hectares de pastos degradados. De outro, produtores clamam ao governo rapidez na solução de velhos problemas, como os gargalos logísticos e a falta de política para evitar fortes oscilações de preços domésticos.
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Além disso, não se pode esconder o preocupante fato de que, apesar de todo o avanço na lavoura e na criação de bovinos e aves, as exportações carecem de agregação de valor para melhorar a rentabilidade. ...” (correioBSB)
O (des)governantes brasileiros ainda estão na idade média, desconhecem ferrovias e hidrovias e apesar de avanços na agricultura e pecuária, continua no extrativismo principalmente minérios, país do futuro, eterna colônia. O Brasil continua também, um grande quintal, na verdade uma grande “farm” (fazenda) dos estrangeiros, aqui em se plantando e criando, tudo dá. Dá tudo para os gringos. Tanto é verdade que a industrialização e inovação tecnológica são precárias. Os políticos ficam no conforto e preguiça da dádiva natural da natureza favorecida e não procuram a pesquisa e investimentos em infraestrutura, agregação de valor e tecnologia. Aceitam e se submetem à chantagem e corrupção internacional e não reagem. O (des)administradores não passam de feitores, capatazes, da grande fazenda agropecuária chamada Brasil, para sempre quintal das multinacionais.
Pior que boa parte da mérdia está em plena campanha pró-Dil-má e PT enaltecendo e tecendo odes à esse comportamento da classe política brasileira. (Na verdade, des-classe-ficada). (em 030313)