quarta-feira, 10 de abril de 2013

CRISTO 45

“Almeidinha escreve a Feliciano

Caro Feliciano,

Vou te confessar uma coisa. Por puro receio, nunca frequentei um culto evangélico. Nada contra, tenho até alguns amigos evangélicos, mas só de ver pastores como o senhor já coloco o cadeado no bolso e me vacino. Fora isso, sempre me dei bem com todo mundo. Tive, durante um tempo, um funcionário da firma que era crente. O apelido dele era Crente. Ele explicava, todo santo dia, que nem todo crente era evangélico, e que nem todo evangélico fazia sessão de descarrego. Nunca dei a mínima: sou católico, apostólico e paulistano, brinco com todos, faço piada igual: chamo os crentes de crentes, os católicos de papa-hóstia, os ateus de vagabundos, os brancos de branquelas e os negros de macacos. A maldade está no ouvido de quem ouve. Para mim, que não sei distinguir na mesma rua um papa Francisco de um Edir Macedo, o importante é não perder a esportiva. ...”

(por Matheus Pichonelli)

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/almeidinha-escreve-a-feliciano/

O John Lennon pregava e cantava a “no possessions”, mas acumulava riquezas.