Logo depois da Segunda Guerra Mundial os Aliados se reuniram para analisar propostas de reestruturação do planeta, foi apresentado um plano de organização econômica mundial justa para todos os países sem esquecer e explorar os menos desenvolvidos, foi rejeitada sem consideração e imposta ao mundo pelos EUA, Reino Unido e França essa arapuca que até hoje vigora e ainda vem o "Lulu dos yankies" Blair dizer que a Democracia está melhor, melhor pra quem paleface? Não tá boa nem pra vocês da Inglaterra, eu acho que só está boa para os EUAssassinos que fingem praticar e apoiar a Democracia e praticam a ditadura econômica que provoca a desigualdades entre os países e entre os povos inclusive os estadunidenses.
"A Agonia de Prometeu
sexta-feira, 1 de maio de 2015
A democracia declina enquanto os regimes autoritários funcionam
Arnaud Leparmentier - Le Monde
Stefan Wermuth/Reuters
É a resposta dos preguiçosos, aquela que se dá quando se quer evitar pensar nas dificuldades dos tempos, ao mesmo tempo em que se reveste de um verniz de cultura. Citando a frase proferida por Winston Churchill em 1947, em plena guerra fria, após a catástrofe nazista: "A democracia é o pior dos regimes – com exceção de todos os outros já tentados no passado". Seu distante sucessor Tony Blair, primeiro-ministro britânico de 1997 a 2007, optou por levantar a questão de forma direta em um artigo publicado no final de 2014 pelo "New York Times", e depois em abril, em uma longa reportagem da "Newsweek": "A democracia morreu?"
É verdade que a democracia está melhor do que em 1941, quando só subsistia uma dezena de democracias no planeta, quando Franklin Roosevelt se preocupava em não conseguir proteger "a grande chama da democracia das trevas da barbárie", lembrou recentemente a publicação "The Economist". Mas ela está pior que no pós-queda do Muro de Berlim, com suas muitas expectativas suscitadas. A Rússia, após a corrupção generalizada dos anos Yeltsin, mergulhou no regime autoritário de Putin na virada do milênio. Em 2003, o sonho da criação de um Estado democrático no Iraque fracassou. Foi uma cruel desilusão para George Bush, que acreditava, provavelmente de boa fé, que iria conseguir para o Iraque de Saddam aquilo que foi conseguido para a Alemanha depois de 1945. Por fim, a revolução egípcia de 2011 se revelou um fiasco, pois a vitória da Irmandade Muçulmana foi um desastre. No final, muitos comemoraram o golpe de Estado do marechal Sissi, que em meados de 2013 trouxe de volta um pouco de ordem e foi legalizado por um plebiscito.
Bloqueio politico americano
A democracia declina enquanto os regimes autoritários funcionam. Corretamente, de qualquer forma. Bastava ver a multidão de luto por Lee Kuan Yew, fundador da cidade-Estado de Cingapura, para entender o apego da população pelo sistema político cingapuriano que fez sua prosperidade. Acima de tudo, a China autoritária vem oferecendo há trinta anos um extraordinário avanço econômico à sua população. "O Partido Comunista Chinês rompeu o monopólio que o mundo democrático tinha sobre o progresso econômico", resumiu a "The Economist" em 2014, em um ensaio sobre a democracia que citava uma pesquisa esclarecedora da Fundação Pew: 85% dos chineses se diziam "muito satisfeitos" com seu governo, contra 31% dos americanos.
Ao longo da última década, o Ocidente foi atingido pela falência dos Lehman Brothers em setembro de 2008 da mesma forma que o foi pela crise de 1929: em Wall Street, no coração do sistema capitalista, minando a confiança dos cidadãos. Vemos o ex-primeiro-ministro britânico preocupado com o bloqueio político americano, onde a votação de um orçamento se torna uma missão impossível, e com a incapacidade dos governos europeus de recuperarem o crescimento enquanto ascende o populismo. "O simples direito de votar não basta. Os sistemas precisam dar resultados para os cidadãos. E por enquanto eles não estão fazendo isso. Não podemos deixar que os eleitores precisem escolher entre a ditadura e o populismo", alerta Tony Blair no "New York Times".
O criador do New Labour faz uma lista das fraquezas nos sistemas democráticos: os parlamentares são escolhidos pelos militantes dos partidos, necessariamente mais politizados, e mantêm um discurso menos centrista do que a maior parte gostaria; a mídia se dirige a uma clientela cada vez mais restrita e direcionada e acaba defendendo os interesses de seu público em vez de explicar o mundo a um maior número de pessoas possível; o entrave do serviço público, que é incapaz de mudar, diferentemente do privado. "Veja como nos últimos vinte anos novos nomes substituíram os antigos no ranking das empresas por capitalização: é assim que caminha o mundo, com exceção dos governos", critica Blair. Resultado: os saltos tecnológicos que poderiam revolucionar a educação e a medicina não o fazem "na maior parte dos casos". Para Blair, "esse déficit de eficiência é a verdadeira causa da desilusão política e explica por que os cidadãos têm corrido atrás de soluções populistas que são tudo menos soluções."
Por fim, Tony Blair lamenta o esgotamento do nicho de líderes políticos. Ele lamenta que os políticos nunca tenham tido experiência no setor privado. Ele descreve aquilo que foi chamado na França de república de assistentes parlamentares ou, como escreve belamente o jornalista Eric Le Boucher, em seu livro "Les Saboteurs" (Ed. Plon, 2014): "Ontem a França era dirigida por aqueles que fizeram a ENA [escola nacional de administração], hoje por aqueles que não passaram na ENA." Com a maior seriedade do mundo, o ex-premiê britânico afirma que "os políticos não são realmente bem pagos, comparado com os padrões daqueles que têm sucesso no setor privado". Tony Blair cobra por suas palestras e dá seus conselhos por preços que fariam inveja a Nicolas Sarkozy, vítima de seu inglês desastroso: 15 milhões de euros de faturamento em 2013, segundo a mídia inglesa. Um impagável humor britânico.
Postado por paulo.oliveira.mello às 04:18"
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