18/7/2008
Crise nas finanças do Papa. Vaticano tem déficit de 9 milhões de euros. Culpa de quem? Do câmbio e do conturbado cenário mundial.
ANA CLARA COSTA
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Não se sabe exatamente o tamanho da riqueza acumulada pela Igreja Católica após mais de 2.000 anos de cristianismo. O fato é que, apesar de riquíssimo, o Vaticano tradicionalmente não tem sido um Estado rentável. Em 1993, após 23 anos de déficits acumulados e com uma projeção de prejuízos de mais de US$ 26 milhões, o Papa João Paulo II decidiu fazer um apelo às dioceses de todos os países para que incrementassem suas doações. Chamada de Óbolo de São Pedro, a contribuição é feita anualmente no dia 29 de junho.
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Especula- se que a Igreja Católica seja proprietária de uma quantia inumerável de imóveis no mundo, sobretudo na Itália e na Espanha. No entanto, dados oficiais sobre esse patrimônio jamais foram divulgados. Seus ativos financeiros também são uma incógnita. Estão sob a gestão do polêmico Banco do Vaticano, devastado por escândalos no início dos anos 1980.
Comandado pelo economista italiano Ângelo Caloia, membro da Opus Dei, o banco não possui site para consulta e seus investimentos não são considerados propriedades da Santa Sé. Por essa razão, não são divulgados.
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