quinta-feira, 26 de setembro de 2013

1984 ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

"Menwith Hill - near Harrogate North Yorkshire (UK)"


O nascimento do Grande Irmão.

“Echelon: “ouvidos” dos EUA para o mundo

As informações captadas por bases terrestres são transmitidas ao quartel general da NSA, onde são analisadas por potentes computadores.

WASHINGTON, 23 fev - A rede 'Echelon' é um vasto sistema ultra-secreto de vigilância e intercepção das telecomunicações civis e militares operada em escala mundial pelos Estados Unidos.

Posto em funcionamento pela NSA (Agência para a Segurança Nacional), a mais secreta das agência de inteligência americanas, o programa permite intervir nas transmissões militares e civis de telefonemas, faxes ou correio eletrônico enviados via satélite, cabos submarinos ou internet.

'Echelon' aproveita a infraestrutura dos países estrangeiros no âmbito da rede UKUSA Alliance, formada em 1948 entre Estados Unidos e Grã-Bretanha, e à qual mais tarde se ligaram Austrália, Nova Zelândia e Canadá.

A NSA utiliza também uma rede de 120 satélites militares para suas operações de escuta.

As informações captadas por bases terrestres são transmitidas ao quartel-general da NSA, onde são analisadas por potentes computadores, capazes de reconhecer nomes, palavras, números de telefone, timbres de voz, etc.

Respondendo ao nome chave "P-415 Echelon", a rede de escutas começou a funcionar nos anos 80. Sua existência se suspeitou durante muito tempo, sobretudo pelos europeus, mas a NSA sempre se negou a confirmar os rumores.

Documentos secretos recentemente abertos confirmaram pela primeira vez a existência do programa de espionagem ultra-secreto. Os textos, obtidos pela ONG National Security Archive, estão publicados no site internet da Universidade George Washington (www.gwu.edu/nsarchiv/).

O primeiro documento, de 3 de setembro de 1991, precisa a missão do centro de vigilância eletrônica da marinha americana, em Sugar Grove (Virginia Ocidental), em relação com o 544 grupo de inteligência.

'Echelon' foi questionado em setembro de 1998 pelo Parlamento Europeu que criticou os Estados Unidos por terem violado o "caráter privado das comunicações de não-americanos, entre eles governos, sociedades e cidadãos europeus".

(jornal Diário do Pará, domingo, 27 de fevereiro de 1999)

(foto: bibliotecapleyades)