segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

LA VILLE RADIEUSE BRASÍLIA

Ebenezer Howard’s Original Conception of the Garden City (1902)


Detailed Section of Howard’s “Garden City” Proposal Map:


Esse projeto é muito anterior até ao do Vila Radiosa e Chandigarh do Le Corbusier. Tinha também módulos residenciais e nessa planta de baixo dá para notar até um eixão (“GRAND AVENUE) e vários eixinhos.


Super quadra da Villa Radieuse.


Super quadra da Villa Radieuse.

““A maquinaria da sociedade, profundamente desengrenada, oscila entre uma melhora, de importância histórica, e uma catástrofe. O instinto primordial de todos os seres humanos é garantir um abrigo. As diferentes classes de trabalhadores de nossos dias não mais têm moradias adaptadas às suas necessidades, e o mesmo se pode dizer acerca do artesão ou do intelectual. O que se encontra na raiz da inquietação social de hoje é uma questão de construção: arquitetura ou revolução.”
Le CorbusierVers une architecture, 1923
Já Le Corbusier propõe na sua Vila Radiosa uma cidade dividida em zonas de faixas paralelas em que cada faixa se destinaria a um uso previamente estipulado. Assim, existiriam faixas para a zona de educação, comércio, transporte, hoteis e embaixadas, indústria leve e pesada,armazéns e trens de carga,e zona verde.
Na Vila Radiosa seria uma cidade da máquina onde todos os edifícios estariam sobre pilotis, possibilitando a existência de uma área verde contínua para o uso de pedestres.
Um fator importante na Vila Radiosa era a residência. Cada centímetro quadrado era distribuido racionalmente e as divisões internas reduzidas ao mínimo, assim como a cozinha e os banheiros. Era a moradia da era da máquina.
Postado por Juliana Viana às 17:28”

“O Conceito:
A unidade de vizinhança foi pensada como uma área residencial que conta com uma autonomia, pois foi previsto a existência de bens e serviços para as necessidades diárias dos seus moradores. Os equipamentos de uso coletivos estariam locados nos limites da área residencial.
As unidades de vizinhança apresentam duas preocupações básicas: A distribuição dos equipamentos de consumo tendo como foco principal a escola que aparece como gerador do conjunto, e a recuperação da vida social ou relações de vizinhança que foram se perdendo com as transformações urbanas.
Seu precursor, Clarence Arthur Perry, arquiteto e urbanista, em 1929 projetou um plano para Nova Iorque utilizando um conceito de unidade de vizinhança, que pode ser considerado um dos mais importantes pelo seu princípio fundamental – o social.


Plan of Neighbourhood Unit, 1929 – New York Regional Plan, Clarence Perry
1. Tamanho. Uma unidade de vizinhança deve promover habitações para aquela população a qual uma escola elementar é comumente requerida, sua área depende da densidade populacional.
2. Limites. A unidade de vizinhança deve ser limitada por todos os lados por ruas suficientemente largas para facilitar o tráfego, ao invés de ser penetrada pelo tráfego de passagem.
3. Espaços públicos. Um sistema de pequenos parques e espaços de recreação, planejados para o encontro e para as necessidades particulares da unidade de vizinhança devem ser providenciados.
4. Áreas institucionais. Locais para escolas e outras instituições tendo a esfera de serviço coincidindo com os limites da unidade de vizinhança, devem ser adequadamente agrupadas em lugar central comum.
5. Comércio local. Um ou mais locais de comércio adequados à população devem ser oferecidos de preferência, na junção das ruas de tráfego e adjacentes a outro similar comércio de outra unidade de vizinhança.
6. Sistema interno de ruas. A unidade deve ser provida de um sistema especial de ruas, sendo cada uma delas proporcional à provável carga de tráfego. A rede de ruas deve ser desenhada como um todo, para facilitar a circulação interior e desencorajar o tráfego de passagem.
Perry (1929) foi o idealizador do conceito da unidade de vizinhança, entretanto, coube a Clarence Stein e Henry Wright a primeira efetivação da ideia no plano de Radburn, Nova Jersey, em 1929.
Radburn foi considerada na época uma revolução no planejamento da cidade e o modelo de como poderíamos viver junto ao automóvel, resolvendo as problemáticas de relacionamento entre “as casas, ruas, caminhos, jardins, parques, blocos e vizinhança”.
A aplicação das ideias de base da unidade de vizinhança e as mais sólidas experiências estão consolidadas nas chamadas “cidades novas” britânicas ocorridas em meados de 1946.
Algumas adaptações foram feitas de acordo com o conceito de Perry, devido à grande demanda de habitação, trabalho, educação e sociabilidade que o pós-guerra provocou, como por exemplo, o número de habitantes por unidade de vizinhança, passando de cinco mil para dez mil habitantes, aumentando assim o número de escolas para atender a unidade.



Radburn, Fairlawn, NJ, 1928-1933, vista aérea, 1949 – Clarence Stein e Henry



Se unir a planta de Chandigarh vai-se chegar às asas de Brasília.


“A experiência de Brasília
A idéia de projetar a Nova Capital Federal baseando-se no conceito de unidade de vizinhança foi anterior ao Plano Piloto de Lucio Costa, pois em 1955, a Comissão de Localização da Nova Capital Federal formada por urbanistas convidados, já havia sido adotada, sendo nomeada, anteriormente, como cidade de “Vera Cruz”. Assim sendo mencionado:
“Os espaços residenciais (…) servido por uma rede de circulação ao abrigo do tráfego intensivo, reservando-se espaços livres para escolas, jardins, recreação e pequeno comércio (‘unites de voisinage’).” (SILVA, 1985, p. 307, apud BARCELLOS, 1995, p. 23.)
Entre os 26 projetos apresentados para o Concurso do Plano Piloto da Nova Capital Federal, constaram representações do conceito de unidade de vizinhança com menor ou maior influência, todos considerados como um urbanismo “progressista”, sendo a estrutura técnica e a estética como as mais evidentes.” (arquitetônico.ufsc)
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