Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão/ Encontrou-se com uma enxada, fazendo uma plantação./ A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,] Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão/ . E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão."//
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não/ Você está suja de terra, de terra suja do chão/ Sabe com quem está falando, veja sua posição/ E não se esqueça a distância da nossa separação.//
. Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião/ Eu escrevo pros governos a lei da constituição/ Escrevi em papel de linho, pros ricaços e pros barão/ Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.//
A enxada respondeu: de fato eu vivo no chão,/ Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão/ Eu vim no mundo primeiro, quase no tempo de Adão/ Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução.//
Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração/ A tua alta nobreza não passa de pretensão/ Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não/ É a palavra bonita que se chama educação!”
“ZICO & ZECA - A ENXADA E A CANETA”
http://www.youtube.com/watch?v=isSvi6TGLmk