sábado, 25 de janeiro de 2014

A PRAÇA É DO POVO, SIM

É por causa de artigos como esses que a mérdia tem que ser lida com precaução, cuidados e com um pé atrás para poder separar o joio do trigo dentro de u’a mesma publicação.

Realmente xópis não é praça pública, é um espaço privado, caro, relativamente livre e relativamente democrático com o objetivo de vender produtos. A confusão que está fazendo o povo da mérdia é enganosa e má crédula (má fé), maliciosa e tendenciosa como sempre tentando manipular – e conseguindo na maioria das vezes – a opinião pública.

A questão é de postura cívica. A confusão intencional ou não é a respeito do comportamento e atitude dos participantes e promotores dos agora famigerados “rolezinhos”, termo que antigamente tinha significado completamente diferente e saudável.

É claro que na fórmula de mais esse fenômeno informático entra uma boa dose de preconceito social e racial, porque nem um xópis vai querer encher seus corredores de “gentalha miranda”; “gentalha”, como costuma dizer a “gentalha” dona Florinda, mãe do Quico, o coleguinha do Chaves e “miranda”, mira (vitrines) e anda.

“Hordas” agitadas e barulhentas atemorizam em qualquer lugar seja em templos de consumo capitalista, seja na mais modesta pracinha publica da frente da escolinha de infância. Ou até numa "cracolândia".

Certa ocasião, tempos atrás, no Rio de Janeiro, fui visitar parentes no bairro da Tijuca, desci na estação Sáenz Peña, do Metro, na praça de mesmo nome. Saindo da estação, me encaminhando para o apartamento dos referidos parentes, de repente do nada a praça encheu de jovens do sexo masculino, de pele verniz, de idade girando em torno dos 15 anos alguns mais outros menos, a maioria de calção, sem fazer barulho, quase sem falar, e quando falavam um com o outro era num tom de voz de normal para baixo, e ficaram se movimentando sem agitação ou alarido, apenas marcando presença como quem diz “Nós estamos aqui, nós mandamos no pedaço”. Esse tipo de comportamento mesmo “pacífico” me assustou, como assustaria qualquer pessoa “normal”. Então, agindo de forma natural, me desloquei até uma lanchonete/bar da praça e lá de dentro fiquei observando aquela aglomeração até que eles se retiraram e segui para o apartamento desses parentes que ficava vizinho ao morro do Boréu. Se não me falha a memória foi na década de 70.


“O evento Chopis Centis

Os Mamonas Assassinas já falavam de "rolezinhos", mas não previam os atos de arbítrio dos dias de hoje

por Mino Carta — publicado 24/01/2014 05:56”

http://www.cartacapital.com.br/revista/784/o-evento-chopis-centis-9105.html


“Shopping center não é praça

Miúda dissertação sobre um patético fenômeno chamado “rolezinho”, enésima prova da visão primitiva dos envolvidos

por Mino Carta — publicado 17/01/2014 06:04”

http://www.cartacapital.com.br/revista/783/shopping-center-nao-e-praca-6350.html