sábado, 4 de janeiro de 2014

SOL CAVALO

MEIO DIA

No ar/ Um sumo de sol/ Difuso, exacerbado, ácido:/ Em vão, procuram-se as/ Imateriais,/ Ruivas laranjas.

Em vão; e com seu gume/ a luz/ nos corta a pele,/ como um ferrão de abelha.

Desfeita em claridade/ No céu revoa, tonta,/ A grande abelha/ De âmbar e éter:

O sol e a sua imagem/ Meio-dia,/ Esse cavalo de ouro,/ Em fúria, a relinchar.

(Péricles Eugênio da silva Ramos)