quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

+ 1 FARSA YANKIE

O sequestro do filho do Lindbergh



“O julgamento teve uma cobertura ampla, diária e sensacionalista de toda a imprensa escrita e radiofônica. Era o ‘crime do século’. O processo criminal não era particularmente complicado. A principal prova, à parte o dinheiro, consistiu nos depoimentos de peritos que confirmaram que o bilhete do resgate havia sido escrito por Hauptmann.
Ele foi considerado culpado com base em provas circunstanciais: a descoberta de 11 mil dólares do resgate; o fato de que tinha o número de telefone de John F. Condon, o homem que entregou o resgate; e que a escada usada no crime continha um reparo feito da mesma madeira encontrada na casa de Hauptmann. O réu explicou que o dinheiro pertencera a Isidor Fisch, que morrera na Alemanha em 1934. O número do telefone, possivelmente a mais irrefutável peça das provas – foi aparentemente rabiscado por um jornalista na parede do armário após a prisão de Hauptmann. Muito tempo depois esse jornalista confessou ter sido o autor da anotação.
As provas e a intensa pressão da opinião pública foram suficientes para condenar Hauptmann. Ele foi eletrocutado em 3 de abril de 1936, na prisão de Trenton, Nova Jersey. Tinha 36 anos.”
(operamundi.uol)

Todo mundo estranhou a frieza demonstrada pelo Charles Lindemberg durante a investigação do seqüestro e julgamento do suposto seqüestrador do filho dele. Se duvidar ele ou a esposa mataram o filho talvez até acidentalmente e inventaram o rapto com medo de assumir a morte diante da provável negativa reação pública. O sujeito foi o segundo a atravessar o Atlântico sozinho num aeroplano (o primeiro foi um brasileiro) mas o Charles se apropriou dessa fama; era simpatizante nazista antes da segunda guerra como a maiorias dos seus compatriotas e contrário a entrada dos EUAssassinos nessa guerra; era casado e posava de santinho e religioso nos states mas na Alemanha mantinha relacionamento com uma alemã com quem teve 3 filhos, ou seja, o sujeito era um tremendo mau caráter.

“Outros pilotos fizeram a travessia antes dele, correndo muito mais risco, cruzando o oceano da África para o Brasil sem ter abaixo a Inglaterra como pista alternativa. Um deles foi o brasileiro João Ribeiro de Barros que, contrariando as ordens do Presidente Washington Luís, ligou a Europa com a América Latina em 28 de abril de 1927, pilotando o Jahú.” (Sérgio Roxo da Fonseca)

Veja o filme “O crime do século”, da HBO

“ELPAIS.com> Edición impresa> Última
Los archivos del FBI contradicho el veredicto oficial del "caso Lindbergh"
La policía de Nueva Jersey desestimó los hallazgos de la policía federal
AFP - Flemington, Estados Unidos - 10/02/1981
Los archivos de la Seguridad Federal norteamericana sobre el secuestro y asesinato del hijo del aviador Charles Lindbergh, en marzo de 1932, contradicen varios de los testimonios que permitieron la condena a muerte de un carpintero de Nueva York, aseguran dos periódicos de Nueva Jersey. Cuarenta y nueve años después del secuestro más sonado de la primera mitad del siglo XX, y cuando dos hombres afirman ser el hijo de Lindbergh, que no habría sido asesinado, el Hunterdon Democrat y el New Brunswick News publicaron este fin de semana informaciones obtenidas gracias a la ley sobre Libertad de Información que ponen en causa la culpabilidad del asesino oficial, el carpintero Bruno Hauptmann.
...
Los archivos demostrarían también que uno de los testigos de cargo, un condución de taxi que acusaba a Lindbergh de ser el hombre que le encargó entregar a los Lindbergh la petición de rescate, habría realizado su testimonio bajo las presiones de la policía de Nueva Jersey.
Los dos periódicos afirman también que el hombre que sirvió de «correo» entre el secuestrador y los Lindbergh no había reconocido a Hauptmann cuando éste fue detenido, sino que modificó su opinión a lo largo del proceso.
...”

http://www.elpais.com/articulo/ultima/ESTADOS_UNIDOS/FEDERAL_BUREAU_OF_INVESTIGATION_/FBI/archivos/FBI/contradicho/veredicto/oficial/caso/Lindbergh/elpepiult/19810210elpepiult_4/Tes

“A opinião pública norte-americana empolgou-se também com o julgamento de Bruno Richard Hauptmann, em 1935 [21]. Era um imigrante alemão, que em setembro de 1934 pagou com uma antiga nota de dez dólares compra de combustível que fizera num posto de gasolina. Intrigado com a nota, fora de circulação, o frentista anotou a placa do veículo e contatou a polícia. As autoridades constataram que se tratava de nota utilizada no pagamento do resgate (ransom) do filho de Charles Lindbergh [22], episódio que chocara a nação, em 1932. É que embora o preço tenha
sido pago, o bebê fora assassinado barbaramente. Além disso, tratava-se do filho de um ídolo nacional. Lindbergh é herói da aviação. Em maio de 1927 voou de Nova Iorque a Paris, cruzando o Atlântico em passeio solitário. Na casa de Hauptmann a polícia encontrou cerca de quatorze mil dólares, em notas antigas, que teriam sido utilizadas para o pagamento do resgate da criança, Charles Jr.; cinquenta mil dólares fora o valor entregue por Lindbergh. O jornal New York Times calculou os bens de Hauptmann em cerca de quarenta e nove mil dólares. Lindbergh garantiu que a voz de Hauptmann fora a mesma que ouvira na noite em que pagara o resgate. Quem duvidaria do mito dos ares ? Encontrou-se entre os objetos de Hauptmann pedaço de papel com o telefone de John Condon, professor aposentado que conduzira as negociações entre Lindbergh e o suposto sequestrador. A polícia evidenciou semelhanças entre a caligrafia do acusado e bilhetes recebidos por Lindbergh. Fragmento de escada encontrada na casa de Lindbergh na noite do sequestro parecia pertencer a escada guardada na garagem da casa de Hauptmann. William Randolph Hearst [23], magnata da imprensa sensacionalista [24], contratou advogados para a defesa de Hauptmann, em troca de direitos exclusivos para a venda da história do acusado. Hauptmann explicou em juízo a origem do dinheiro. Afirmou que um cidadão alemão de nome Isidor Fisch, ao retornar para a Alemanha para tratamento médico, deixara em seu poder alguns pertences. Entre eles, uma caixa de sapato. Alguns anos após a partida de Isidor, Hauptmann teria aberto a caixa e encontrado cerca de quarenta mil dólares. Como Isidor devia-lhe sete mil e quinhentos dólares,
Hauptmann sentiu-se legitimado para usar parte do dinheiro. A defesa demonstrou que a prova referente a escada era insuficiente. Escadas como aquelas havia por toda parte. O júri no entanto pendeu para a condenação de Hauptmann. O governador de Nova Jérsei (que poderia comutar a pena) teria visitado o condenado na prisão, dizendo-se não convencido da culpabilidade de Hauptmann. Porém a opinião pública clamava pelo herói, exigia a punição de Hauptmann, que foi eletrocutado em 3 de abril de 1936. Em 1991, a viúva de Hauptmann, então com noventa e dois anos de idade, continuava lutando para reabilitar o nome do marido. Exigia indenização e apresentava robusta prova de que o FBI e polícia teriam fraudado as provas, conduzindo os jurados a condenarem Hauptmann. E por fim, quanto ao dinheiro do resgate, ela ainda insistia, fora deixado por Isidor Fisch.”
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy)
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