Privatização no Brasil é diferente, é feita com dinheiro do estado, dinheiro do povo, é a privestatização. Capitalismo é isso aí! Democracia também.
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Quem levou foram operadores da África e da América Latina, que não administram nenhum dos 30 maiores aeroportos do mundo.” (folhaSP)
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TÁTICA AGRESSIVA
Vencedores do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, o consórcio formado pela Infravix (construtora Engevix) e pelo operador aeroportuário argentino Corporación América, foi o mais agressivo no leilão, levando Brasília com 675% de ágio.
Com 40 aeroportos na América do Sul e na Armênia, dos quais 33 na Argentina, a empresa tem uma história conturbada em seu país.
Venceu o leilão de privatização nos anos 90 pagando ágio elevadíssimo, mas não conseguiu honrar contratos.
Com dívidas de US$ 600 milhões e atrasos no cronograma de investimentos, o grupo conseguiu, em 2007, renegociar o contrato, trocando a dívida por uma participação de 20% do Estado. Com a "reestatização", deixou de pagar a outorga em troca de um porcentual das receitas para o governo.
(DIMMI AMORA, MARIANA BARBOSA, JULIO WIZIACK E MARIANA SALLOWICZ)"
"São Paulo, terça-feira, 07 de fevereiro de 2012
Vinicius Torres Freire
O espantoso leilão dos ares
Lances pelos aeroportos foram altíssimos; governo deveria aproveitar a onda e privatizar mais
DESDE O FIM do espantoso leilão de privatização dos aeroportos até o começo da noite de ontem, analistas financeiros faziam contas para entender como os consórcios vencedores esperam lucrar com seu empreendimento.
Os analistas, independentes das empresas envolvidas, não entendiam nem as contas das empresas nem concordavam com as contas de outros colegas.
Mas a frase de um deles resumia o espírito das conversas de gente do governo e de participantes do leilão, durante o dia de ontem. "Deve estar sobrando dinheiro barato em algum lugar. O governo deveria vender logo os outros aeroportos."
Dados os preços de ontem, na verdade, o governo deveria vender qualquer coisa: aeroporto, estrada, porto, açude, trilha de vaca, cacimba ou até a Esplanada dos Ministérios (cedendo alguns ministros de brinde, de preferência).
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Tamo ferrado.
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