sábado, 16 de fevereiro de 2013

IMPÉRIO DA PEDERASTIA

Por essas e por outras é que eu chamo de Igreja Gaytólica.

Os meios de comunicação estão cheios de manchetes semelhantes, coincidentemente depois que esse sujeito assumiu o papado.

“Duzentos meninos de uma escola para crianças surdas. Essa era a ficha corrida de abusos sexuais de um único padre, o americano Lawrence Murphy. A acusação não veio da polícia nem da imprensa. Mas de outros clérigos, que tomaram conhecimento dos maus hábitos do colega e resolveram denuncia-lo à Santa Inquisição.

A versão moderna da Inquisição, na verdade. Agora quem cuida dos julgamentos religiosos é a Congregação para a Doutrina da Fé. Ao contrário da sua versão sangrenta da Idade Média, ela funciona como uma espécie de corregedoria interna do Vaticano. Decide quem deve ser expulso da Igreja, por exemplo.

Bom, o chefe da congregação recebeu as denúncias contra Murphy em 1996. Mas, inexplicavelmente, não tomou nenhuma providência. Ficou em silêncio. Segundo o New York Times, que revelou esse fato em março, o chefe da congregação preferiu abafar o caso para evitar um escândalo. O nome do chefe: Joseph Ratzinger, que 9 anos depois se tornaria o papa Bento 16.

A reportagem engrossou um caldo que já estava entornando. As acusações de pedofilia contra padres católicos, que já vem de lona data, tinham chegado a um ponto crítico em 2009. Foi quando vieram à tona na Irlanda dossiês relatando o abuso de 15.000 crianças, a maioria meninos, em mais de 250 instituições da Igreja no país entre 1930 e 1990. Seguira-se, então, 350 denúncias na Holanda mais 300 na Áustria e na Alemanha – incluindo entre os acusadores ex-membros do Coral dos Meninos de Viena, o mais famoso do mundo. Depois, antigos integrantes de um coral alemão que tinha sido dirigido pelo irmão mais velho do papa, George Ratzinger, fizeram o mesmo (não houve denúncia contra ele, mas novas suspeitas de omissão ficaram no ar).”

Adolescentes sofrem mais abusos que crianças

Desde 2001, o Vaticano recebeu 3 mil denúncias de crimes sexuais que teriam sido cometidos nos últimos 50 anos. Desses,

- 60% foram com adolescentes do mesmo sexo;

- 30% com adolescentes do sexo oposto;

- 10% com crianças.

(superinteressante, maio/2010)