MARATONA DE OBSTÁCULOS

Os pessoau não acreditam quando eu falo, mas quem “anda” de ônibus não precisa de academia de ginástica. Anda até a parada, pra subir no ônibus tem que fazer esforço porque os estribos são muito altos e pra descer também tem, embora um pouco menos de esforço. Dentro do ônibus ainda em movimento tem que “andar” até uma cadeira desocupada – se tiver – e ir se segurando nos canos de metal ao longo do teto ou verticais ao lado das cadeiras. Aí eu sempre penso no Tarzan se deslocando “via aérea” nos cipós e galhos das selvas africanas e nos macacos aranha na floresta amazônica. Nos ônibus não se pode largar os ferros porque muitos dos motoristas dão arrancadas, freadas, mudanças bruscas de faixa, só falta darem cavalo de pau e se o passageiro não estiver se segurando pode cair de cara, de bunda ou de banda. Muitos motoristas deveriam fazer um curso de direção de velocípede para aprender a dirigir com calma e prudência não só pelos passageiros como também por eles e pelas empresas, embora estas obriguem os motoras a dirigir com mais velocidade para cumprir horários e fazer mais viagens e aumentar o faturamento delas. Esses que dirigem de forma temerária, pensam que são ou sofrem da síndrome de double da série “Velozes e furiosos”.

Reeducação num desses aí...

... ou desses.