sexta-feira, 20 de novembro de 2015

MADRUGANDO E FILOSOFANDO

Não tenha inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso. (Bertrand Russell)

Podemos estar certos de que, num avião em queda, ninguém começará a rezar até que tenham se esgotado todas as possibilidades físicas de colocar a aeronave no chão com segurança. (André Cancian)

Se deus queria que as pessoas acreditassem nele, por que então ele inventou a lógica? (David Feherty)

Para encontrar a si mesmo, pense por si mesmo. (Sócrates)

Realidade é aquilo que não desaparece quando paramos de acreditar. (Philip K. Dick)



Um advogado foi caçar patos para o Alentejo. Dá um tiro, acerta num pato, mas o bicho cai dentro da propriedade de um lavrador. Enquanto o advogado saltava a vedação, o lavrador chega no trator e pergunta-lhe o que estava ele a fazer. O advogado respondeu:

- Acabei de matar um pato, mas ele caiu na sua terra, e agora vou buscá-lo.

- Esta propriedade é privada, por isso não pode entrar.

O advogado, indignado:

- Eu sou um dos melhores advogados de Portugal! Se não me deixa ir buscar o pato eu processo-o e fico-lhe com tudo o que tem!

O lavrador sorriu e disse:

- O senhor não sabe como é que funcionam as coisas no Alentejo! Nós aqui temos o Código Napoleônico! Nós resolvemos estas pequenas zangas com a Regra Alentejana dos Três Pontapés.

Primeiro eu dou-lhe três pontapés, depois você dá-me três pontapés e assim consecutivamente até um de nós desistir!

O advogado já se estava a sentir violento há um bocado, olhou para o velho e pensou que era fácil dar-lhe uma carga de porrada. Por isso, aceitou resolver as coisas segundo o costume local. O alentejano, muito lentamente, saiu do trator e caminhou até perto do advogado. O primeiro pontapé, dado com uma galocha bem pesada, acertou diretamente nas bolas do advogado, que caiu de joelhos e vomitou. O segundo pontapé quase arrancou o nariz do advogado. Quando o advogado caiu de cara, com as dores, o lavrador apontou o terceiro pontapé aos rins, o que fez com que o outro quase desistisse. Contudo, o coração perverso e vingativo do advogado falou mais forte. Ele não desistiu, levantou-se, todo ensanguentado, e disse:

- Bora, velhote! Agora é a minha vez!

O alentejano sorriu e disse:

- Nah! Eu desisto! Pode pegar o pato!