""Quando te disse.
Quando te disse
que era da Terra selvagem
do vento azul
e das praias morenas...
do arco-íris das mil cores
do sol com fruta madura
e das madrugadas serenas...
das cubatas e musseques
das palmeiras com dendém
das picadas com poeira
da mandioca e da fuba também...
das mangas e fruta pinha
do vermelho do café
dos maboques e tamarindos
dos cocos, do ai ú'é...
das praças no chão estendidas
com missangas de mil cores
os panos do Congo e os kimonos
oa aromas, os odores...
dos chinelos no chão quente
do andar descontraído
da cerveja ao fim da tarde
com o sol adormecido...
dos merengues e do batuque
dos muquixes e dos mupungos
dos imbondeiros e das gajajas
da macanha e dos maiungos...
da cana doce e do mamão
da papaia e do caju...
tu sorriste e sussurraste
"Sou da mesma terra que tu""
(Júlio Magalhães - Os retornados - Um amor nunca se esquece)
(pintura: “Asya” (Bali ve Cakarta'da üç yıl boyunca), de Sacha Baraz)
(tukakubana.blogspot)