quinta-feira, 25 de junho de 2015

HARE HAREN

-- Mórmom? -- Não, paxá.

“Na primavera de 1820, Joseph Smith Jr., então com quatorze anos, perturbado por não saber qual era a "igreja verdadeira", narra ter ido a um bosque próximo a sua casa para orar, pois, queria saber a qual igreja realmente era a igreja do Senhor. Segundo Smith Jr., em resposta à sua oração, o Pai Celestial e Seu Filho, Jesus Cristo, lhe apareceram. Joseph escreveu: “Vi um pilar de luz acima de minha cabeça, mais brilhante que o sol, que descia gradualmente sobre mim, quando a luz pousou sobre mim, vi dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: — Este é Meu Filho Amado. Ouve-O!” Foi respondido a Joseph que não deveria unir-se a nenhuma das igrejas existentes naquele tempo, pois a igreja de Jesus Cristo não estava na terra. Em um segundo momento (depois da Primeira Visão), um ser ressurreto chamado Morôni, que viveu nas Américas por volta do ano 400 depois de Cristo, teria aparecido a Smith Jr. na forma de um anjo. Ele lhe falou de um livro escrito em placas de ouro (mais conhecido como "as placas de ouro") com caracteres até então desconhecidos, que quatro anos depois receberia para traduzi-lo. Smith Jr. teria recebido as placas em 18278 e a partir dessa altura ele as teria traduzido para a inglês, dando origem ao Livro de Mórmon, que juntamente com a Bíblia, Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor é considerado escritura divina para os Santos. O termo mórmon, geralmente usado para referir-se a estes, deriva do nome do profeta Mórmon, que foi um dos autores e compiladores das escrituras que formaram o livro com seu nome.”

Tem bobo pra tudo.


A Eva não se depilava. Com o que? Como é que um deus que dizem perfeito e onisciente, sabe tudo, faz u'a mulher toda cheia de pelos?


Pela redução da maioridade penal, índole cruel não tem jeito e os adolescentes de hoje são extremamente precoce.

Te um ditado antigo: “Cruel como uma criança”.

“Sim, elas podem ser cruéis

Um tabu impede que se discuta a maldade infantil. Mas ela existe. E pode esconder transtornos graves

Martha Mendonça

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Diante disso, os pais concluíram que o menino precisava de tratamento. Poucas sessões depois, o diagnóstico foi duro: ele apresentava o chamado transtorno de conduta, nome formal para a velha “índole ruim”.

Um obstáculo para o tratamento de crianças com sinais de transtorno de conduta é o próprio tabu da maldade infantil. O senso comum afirma que as crianças são inocentes – uma crença que resulta da evolução histórica da família. Até o século XVII as crianças eram consideradas pequenos adultos e muitas nem sequer eram criadas pelos pais. No século XVIII, isso mudou. A família burguesa fechou-se em si mesma, dentro de casa. O lar virou um santuário e a criança o centro dos cuidados e das atenções. Foi o nascimento do sentimento de infância, dentro de um grupo que agora tinha como laços o afeto e o prazer da convivência. Se a criança é o eixo do sentimento moderno de família, ela não pode ser má. Eis o tabu.

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A atriz mirim Klara Castanho como Rafaela, a criança manipuladora de Viver a vida. A justiça não quer que ela seja má.

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Criança, aparentemente, não pode ser vilã.

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As escolas, porém, desmentem isso: elas costumam ser o palco diário das maldades das crianças com transtorno de conduta. A psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do best-seller Mentes perigosas, diz que crianças e adolescentes com esse distúrbio costumam estar por trás dos casos mais graves de bullying. Em maio, ela lançará Bullying – Mentes perigosas nas escolas, com foco na maldade infantil. “É típico do jovem com transtorno de conduta saber mentir e manipular para que os outros levem a culpa”, afirma. Barbirato faz uma ressalva. “Pequenas maldades e mentiras são absolutamente comuns na infância. De cada 100, cerca de 97 têm comportamento normal e, ao amadurecer, saberão diferenciar o certo do errado e desenvolverão a empatia”, diz.

Mas, e os 3% que faltam? Serão obrigatoriamente personalidades antissociais na vida adulta, seres sem empatia? Os especialistas são taxativos ao afirmar que não se cura transtorno de conduta. Ele será, no máximo, amenizado se tratado a tempo e houver sempre algum tipo de vigilância. Na maior parte dos casos, porém, isso não acontece. E o resultado de ninguém ter notado esses sinais durante a infância aparece de forma trágica. “Essa criança poderá ser um político corrupto, um fraudador, até um torturador físico ou emocional, chegando a um assassino em série”, diz Ana Beatriz.

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O relato de um psiquiatra do Rio Grande do Sul mostra quanto é difícil pais assumirem a necessidade de tratamento dos filhos. Em 2008, ele teve como paciente R., de 11 anos. A menina colocara fogo na mochila de uma colega de turma. Repreendida por professores e pais, teve como reação apenas rir. No ano anterior, fizera o mesmo com o rabo do cachorro de uma prima. Questionada, disse apenas que a prima não merecia ter um cachorro. Durante o tratamento, R. afirmou ao psiquiatra que não nutria nenhum sentimento especial em relação aos pais. “Ela tinha um olhar frio e uma ironia extremamente precoce para sua idade. Não sentia culpa. R. me tratava como um empregado”, diz o psiquiatra. Depois de um ano de tratamento, os pais acharam que ela estava melhor e poderia interromper as sessões. “Ela os manipulou – e disse a mim, explicitamente, que fingiria estar melhor e conteria seus atos. Contei a eles, mas não acreditaram em mim”, afirma. R. jamais voltou a seu consultório.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI130697-15228,00-SIM+ELAS+PODEM+SER+CRUEIS.html