terça-feira, 29 de novembro de 2016

A TRAGÉDIA DA ITÁLIA

Me lembrei dessa tragédia e quando estava abrindo o computador para publicar ouvi um comentarista falar sobre isso na TV.

Em 1949 num desastre aéreo também morreu o time do Torino que era a base da seleção italiana de futebol, sem esse acidente, provavelmente a Itália seria tri-campeão em 1950 no Brasil e teria ela ficado com a Taça Jule Rimet em definitivo.

"Grandes feitos: Primeira seleção Bicampeã do Mundo (1934 e 1938).

Time base: Combi (Olivieri); Monzeglio (Foni) e Allemandi (Rava); Ferraris (Locatelli), Monti (Serantoni) e Bertolini (Andreolo); Guaita (Colaussi), Meazza, Schiavio (Piola), Ferrari e Orsi (Biavati). Técnico: Vittorio Pozzo.

“O nascimento da Squadra Azzurra”

A camisa azul da Itália possui força e aura próprias, uma mística capaz de levar um selecionado desacreditado a façanhas inacreditáveis e, claro, um time forte ao topo do pódio. Mas essa história de glórias e títulos da Azzurra só foi possível graças aos feitos do técnico Vittorio Pozzo e de jogadores como Combi, Monzeglio, Monti, Colaussi, Piola, Ferrari e Giuseppe Meazza, que tornaram a seleção a primeira bicampeã mundial da história, e de maneira consecutiva, em 1934 e 1938. Com um futebol que aliava muita força física, planejamento tático e técnica, os italianos não tiveram rivais por oito maravilhosos anos. Pena ter acontecido a II Guerra Mundial na década de 40, pois o país poderia ter vencido outras Copas facilmente. É hora de relembrar os feitos da primeira Azzurra de ouro.

Vencer ou vencer

Depois da primeira Copa do Mundo, em 1930, o torneio já tinha destino certo em 1934: a Europa, mais precisamente a Itália, comandada pelo fascismo de Benito Mussolini. Obviamente, o ditador utilizou do torneio para promover de todas as maneiras possíveis seu “governo” e as qualidades do país. Para isso, antes de mais nada, Mussolini ordenou que a seleção dona da casa conquistasse o torneio, nem que fosse preciso agregar jogadores de outras nações. E foi o que ele fez. Os argentinos De Maria, Guaita, Monti e Orsi foram naturalizados italianos, e seu juntaram a outros jogadores italianos, entre eles Giuseppe Meazza, um baixinho que era o terror para as zagas adversárias com velocidade, técnica e muitos gols. Para comandar a seleção, Vittorio Pozzo, extremamente inteligente e conhecedor de táticas como ninguém. Ele baseou seu time na qualidade dos cinco jogadores de frente: Orsi e Ferraris pela esquerda, Meazza e Guaita pela direita, e Schiavio pelo meio. Seu esquema ganhou o nome de Metodo, e era baseado num 2-3-5, que virava por vezes um 2-3-2-3. A movimentação constante desses jogadores garantiria a força ofensiva do time. E o sucesso esperado por Mussolini, que deixou seu recado antes do mundial aos jogadores:

“Vencer ou arcar com as consequências”.

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"Na tragédia de Superga o avião com o time do Turino se chocou com o muro da Basílica da cidade - Reprodução

O mundo do futebol já foi golpeado por acidentes aéreos como este que vitimou a delegação da Chapecoense. Ao menos três se tornaram célebres, por envolver equipes de tradição em meio a disputas.

Talvez o mais conhecido seja o acidente de Superga, Itália, em que viajava a equipe do Torino no 4 de maio de 1949. A equipe grená voltava de um amistoso contra o Benfica, em Lisboa quando o avião se chocou contra a muralha posterior da basílica de Superga, em Turim. A delegação inteira morreu no acidente.

Sua base havia conquistado cinco campeonatos italianos nos anos 40 e cedia a maioria dos jogadores da seleção italiana à época. O acidente consternou toda a Itália, com um saldo de trinta e um mortos na contagem final. As causas foram atribuídas a um erro do piloto, más condições de tempo e desgaste da aeronave.

Outro acidente que consternou o futebol europeu foi o que envolveu o Manchester United, que voltava de Belgrado (hoje Sérvia, então Iugoslávia) depois de uma partida da Copa dos Campeões de 1958. O avião parou em Munique para abastecer, e o acidente ocorreu na terceira tentativa de decolagem.

Embora o comandante do voo tenha sido responsabilizado num primeiro momento, ficou claro depois que a causa da queda foi uma fina camada de gelo na pista, que tirou a velocidade da aeronave e impediu a decolagem. Oito jogadores do Manchester United perderam suas vidas no desastre, juntamente com outras 15 pessoas. Vinte e uma almas sobreviveram, entre elas o meia-atacante Bobby Charlton, célebre jogador da seleção inglesa.

Em 1993, outra seleção foi perdida numa queda de avião. A equipe africana de Zâmbia voava em 27 de março ara enfrentar Senegal, pelas eliminatórias da Copa dos EUA, quando a aeronave caiu na costa do Gabão. Não houve sobreviventes entre os 30 humanos a bordo.

Na América do Sul, o incidente mais conhecido envolveu o Alianza Lima, em 1987, quando um voo fretado entre Pucalipa e Lima, no Peru, caiu no Oceano Pacífico. Ali morreram 43 pessoas, com um único sobrevivente, o piloto do Fokker F27."

http://oglobo.globo.com/esportes/relembre-quatro-acidentes-aereos-fatais-no-futebol-20557187


O Mário Sérgio, grande craque e atualmente comentarista da Fox, estava no avião da Chapecoense e morreu.