""Ernesto Guevara, o jovem nascido em uma família “acomodada” e aristocrática, que estudou em colégios prestigiados e nunca teve contato direto com a pobreza, era racista. Che Guevara, o comunista revolucionário, não. Não era racista e era abertamente anti-racista (aí já estava fingindo porque a população de Cuba é negra ou mulata, igual ao Brasil e os argentinos, é sabido, chamam os brasileiros de macaquitos).
É o jovem que se expressa em seus Diários de Motocicleta. Lemos neste livro declarações depreciativas de Che em relação aos negros e outros povos:
“Os negros, esses magníficos representantes da raça africana, que conservam sua pureza racial por uma falta de afinidade com o tomar banho, veriam sua seara invadida por uma raça diferente de escravos: os portugueses. As duas raças agora compartilham uma experiência comum, cheia de querelas e discussões. A discriminação e a pobreza os unem numa batalha diária pela sobrevivência, porém suas atitudes diferentes em relação à vida os separam por completo: o negro é indolente e irresponsável, gasta seu dinheiro em frivolidades e bebida; o europeu vem de uma tradição de trabalho e poupança, que o acompanha até este canto da América e o impulsiona para ir além, até mesmo independentemente, de suas próprias aspirações”.""
Gabriel Jesus.
Se eu fosse presidente de clube de futebol jamais contrataria jogador considerado grande artilheiro que passa 8 jogos sem marcar gôus.
“O encanecido mistério sobre o sumiço do coronel Fawcett
ANTONIO CALLADO
COLUNISTA DA FOLHA
É difícil imaginar um livro que, traduzido para o português, merecesse mais uma introdução informativa do que "Uma Aventura no Brasil", de Peter Fleming. Peter Fleming esteve no Brasil em 1933, membro que foi de uma expedição que procurava o coronel Fawcett, explorador inglês desaparecido na região do Xingu em 1925. Os tradutores e os editores não nos contam nada sobre Fleming nem sobre tentativas posteriores de elucidar o mistério desse sumiço. Na quarta capa só citam críticas feitas à edição original do livro, assinadas por ingleses conhecidos em 1933 e esquecidos hoje, como Harold Nicolson e J.B. Priestley.
Acontece que o autor do livro, Peter Fleming, esquecido também hoje em dia, só tem o nome lembrado de vez em quando por um motivo igualmente ignorado pela editora e os tradutores: Peter era o irmão mais velho (um ano só de diferença) de Ian Fleming, inventor de James Bond, o agente secreto 007, imortalizado na tela por Sean Connery e outros menos votados."
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/3/17/mais!/11.html