quinta-feira, 3 de agosto de 2017

E A CULPA É DA PREVIDÊNCIA

A bancada ruralista temais de 200 políticos, depois de terem descontos e perdão dos juros de suas. dívidas. Tá explicada a votação de ontem

“Governo publica medida provisória que alivia dívidas previdenciárias de ruralistas

 

Texto também diminui a alíquota atualmente paga para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural. Medida é uma reivindicação da bancada ruralista.


O governo publicou no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (1º) uma medida provisória para aliviar dívidas previdenciárias de produtores rurais. O texto também reduz a alíquota paga pelos produtores ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).

O fundo é usado para auxiliar no custeio da aposentadoria dos trabalhadores rurais, subsidiado pela União. Atualmente, o valor da contribuição do produtor é de 2,1% (2% da receita bruta com a comercialização dos produtos mais 0,1%, também da receita com os produtos, para financiar casos de acidente de trabalho).
Com a medida provisória, o valor total vai para 1,3% (1,2% mais 0,1%).

Segundo o relatório Terrenos da desigualdade: terra, agricultura e desigualdade no Brasil rural, publicado pela Oxfam, isso não é bem verdade. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional mostram que pouco mais de 4 mil proprietários de terra devem R$ 906 bilhões. Se for pela média, dá mais de R$ 50 milhões por devedor.

Mas de acordo com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), um grupo ainda mais seleto, de 729 proprietários, declara possuir 4.057 imóveis rurais, somando uma dívida de R$ 200 bilhões. São mais 6,5 milhões de hectares. 


Na área em questão, caberiam assentadas 215 mil famílias. As informações são de dezembro de 2016 e estão no canal "De olho nos ruralistas", do site Outras Palavras.

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Formas de quitação da dívida

Poderão fazer parte do Programa de Regularização Rural as dívidas vencidas até 30 de abril de 2017. Para aderir, o produtor deve desistir das ações na Justiça que contestam a contribuição previdenciária.
Veja as condições de pagamento:

Modalidade produtor rural pessoa física

Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções;
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações equivalentes a 0,8% da receita bruta da comercialização rural.
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 100

Modalidade do adquirente – dívidas até R$ 15 milhões 

Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações equivalentes a 0,8% da média mensal da receita bruta proveniente da comercialização do ano civil anterior
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 1000

Modalidade do adquirente - dívidas acima de R$ 15 milhões

Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 1000

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL”

O agronegócio carrega o Brasil nas costas?

Segundo o relatório Terrenos da desigualdade: terra, agricultura e desigualdade no Brasil rural, publicado pela Oxfam, isso não é bem verdade. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional mostram que pouco mais de 4 mil proprietários de terra devem R$ 906 bilhões. Se for pela média, dá mais de R$ 50 milhões por devedor.

Mas de acordo com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), um grupo ainda mais seleto, de 729 proprietários, declara possuir 4.057 imóveis rurais, somando uma dívida de R$ 200 bilhões. São mais 6,5 milhões de hectares. 


Na área em questão, caberiam assentadas 215 mil famílias. As informações são de dezembro de 2016 e estão no canal "De olho nos ruralistas", do site Outras Palavras.


TEMER COMPRA RURALISTAS COM PERDÃO EM DÍVIDA DE R$ 10 BI


Em mais um exemplo do toma-lá dá-cá de seu governo, em que esfola os pobres para dar aos ricos, Michel Temer agora vai usar um perdão fiscal para comprar o apoio da bancada ruralista para a reforma da Previdência; a equipe econômica decidiu perdoar os juros da dívida da contribuição social do empregador rural, um ponto bastante reivindicado pela bancada do agronegócio; passivo pode superar R$ 10 bilhões

(Barasil 247)