domingo, 20 de agosto de 2017

MENGÃO 2 x 0

FLAMENGO: Diego Alves, Pará, Réver, Rhodolfo, Rafael Vaz (Renê, Rodinei); Márcio Araújo, Willian Arão, Lucas Paquetá e Everton Ribeiro; Geuvânio (Diego) e Vinicius Jr. 

Técnico: Reinaldo Rueda


O Vinícius era deprimido, quase estraga essa música do Carlos. 

“Minha namorada (bossa nova, 1965) - Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. 

Carlos Lyra (Carlos Eduardo Lyra Barbosa), compositor, cantor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro em 11/05/1939. Por várias gerações, a música faz parte das atividades de sua família. Estudou em colégio de jesuítas e aprendeu a tocar violão pelo método Paraguaçu. Ainda no colégio, conheceu Roberto Menescal, que também tocava violão, e os dois começaram a estudar juntos, nascendo nessa época a idéia de formar uma academia de violão.

A escola, que funcionava em Copacabana, virou ponto de encontro de futuros artistas, como Marcos Vale, Edu Lobo, Nelson Linse Barros, Nara Leão, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli (um de seus primeiros parceiros), e teve grande influência na divulgação do violão como instrumento importante na bossa nova.

Nessa época, apresentava-se em festas, tocando e cantando com amigos. Sua primeira composição foi o samba-canção Quando chegares (1954), que só mais tarde receberia letra. Apresentou em 1954, em concurso na TV-Rio, sua composição Menina, defendida pelo cantor Carlos Dias (depois Geraldo Vandré).

No ano seguinte, Sílvia Telles gravou a música em 78 rpm, pela Odeon, que trazia ainda Foi a noite (Tom Jobim e Newton Mendonça), e que foi considerado um dos discos precursores da bossa nova.

Ao comporem "Minha Namorada", pouco antes de escrever a peça "Pobre Menina Rica", seus autores não faziam muita fé no sucesso desta canção de amor. Mas, a realidade é que a letra de "Minha Namorada" — classificada por Elis Regina como "a maior cantada da música brasileira" — é de arrasar as resistências dos mais empedernidos corações femininos:

"E se mais do que minha namorada / você quer ser minha amada / minha amada, mas amada pra valer / / você tem que vir comigo em meu caminho / e talvez o meu caminho seja triste pra você / (...) / e você tem que ser estrela derradeira / minha amiga e companheira / no infinito de nós dois..."

Isso é Vinícius de Moraes em momento de lirismo supremo, só alcançado em alguns poemas ou canções como "Eu Sei que Vou te Amar". Na melodia de Carlinhos, o acorde menor de si bemol, com a sétima sobre a sílaba "mi", em "ser minha até morrer" e o arremate final às frases sequenciais são detalhes que situam "Minha Namorada" como um primoroso exemplo de equilíbrio na conjunção letra e música.

Ligado ao CPC da UNE, que procurava questionar a herança cultural da música popular brasileira, começou a fazer contatos com outros compositores populares, resultando daí uma parceria com Zé Kéti no Samba da legalidade. Mais tarde, comporia Influência do jazz, concluindo pela dificuldade de ligação da bossa nova com o samba tradicional.”