sábado, 29 de novembro de 2014

RIR PARA CURAR

Certo dia, nasceu no pescoço de Dodrup Tchen Rinpoche um furúnculo que cresceu tanto que quase o sufocava. Muitos médicos tentaram tratá-lo, mas nada se mostrava eficaz. Uma pessoa que estava de visita, vindo da região do velho, disse ao lama, “Um de seus alunos mora perto de nós. Ele pode curá-lo.”

“Quem é ele?” perguntou o lama.

“Um velho que passou três anos com o senhor.”

“Não me lembro dele, mas diga-lhe que venha me ajudar.”

Imediatamente alguém foi enviado para buscar o velho. “Você tem de vir agora mesmo”, disseram-lhe, “o lama está precisando de ajuda.”

O velho disse, “O lama deu-me a transmissão dos três versos. Eu vou tentar ajudá-lo.”

Antes que o velho chegasse, uma almofada muito bonita foi disposta para ele se sentar, um sinal de grande respeito. Assim que ele entrou no aposento, o lama viu o nariz e se lembrou dele, pensando, “Como é que esse aí vai poder me curar?”

Lentamente, com concentração unidirecional, o velho começou a entoar, “Atsi, atsi..”. O lama caiu na gargalhada, o furúnculo estourou e ele sarou.

Retirado do livro de Chagdud Tulku Rinpoche, “Portões da Prática Budista” (Edições Chagdud Gonpa, Três Coroas, 2003)


A Igreja Católica sempre esteve alinhada aos poderosos, por isso que ela é a mais antiga instituição do mundo.


A religião é uma neurose obsessiva universal da humanidade. (Sigmund Freud)

A religião não é apenas uma superstição ou uma ilusão. Ela tem uma função social: distrair os oprimidos da realidade de sua opressão. (Karl Marx)

Se alguém precisa de religião para ser bom, a pessoa não é boa, é um cão adestrado. (Chagdud Tulku Rinpoche)

Não precisamos raspar a cabeça nem usar vestes especiais. Não precisamos sair de casa nem dormir em uma cama de pedras. A prática espiritual não requer condições austeras — apenas um bom coração e a maturidade de compreender a impermanência. Isso nos fará progredir. (Chagdud Tulku Rinpoche, em “Portões da Prática Budista“)

O dia em que a Humanidade aceitar com serenidade que a morte é inevitável e a finitude natural, não precisará de superstições que a console. (Cabano)