Tresloucado.
“Assisti ao discurso do ex-presidente Lula da forma o mais isenta possível e mente aberta. Obviamente não esperei grandes mudanças, mas imaginei que haveria um pouco de autocontrole como demonstração de inteligência.
Aguardei alguma demonstração de contenção, se não por gestão de imagem, mas como medida destinada a não aumentar a grande fogueira dos ódios deste país.
Imaginei que, dado o momento inédito em sua vida, manifestaria algum respeito aos milhões de brasileiros cujas mentes não se curvam à retórica barata. Em vão: palavras vazias, em uma fala recheada de clichês e tolices, plena de auto louvação, piadas grosseiras, delírios narcisistas e frases piegas que comoveriam apenas pré-adolescentes ou amigos encharcados de boa vontade.
Houve, ainda, uma revisita a dois clássicos: a velha estratégia vitimista sobre a perseguição movida pelas elites por ser o redentor dos pobres; e o desejo sádico de alimentar um pouco mais o ódio que hoje divide seus compatriotas.
Observei-lhe o rosto contorcido, a expressão raivosa, a incapacidade de se reconhecer como cidadão comum, submetido às leis do país. E entendi: Lula hoje acredita piamente na imagem que ele e seus aduladores criaram.
Para ele, é inadmissível que seja investigado, ou conduzido a depor: trata-se de falta de respeito. Logo ele, tão grandioso, dotado de tal inteligência que chega a mencionar com desprezo os que dedicam longos anos ao estudo.
Atrás dele, uma multidão aplaudia, mesmerizada. E me veio à memória uma história que se conta sobre Julio Cesar.
Ao entrar triunfante em Roma, quase semideus em sua dourada carruagem, trazia consigo um escravo que o prevenia contra os excessos da vaidade, lembrando-o, de tempos em tempos: “Memento mori!” (Lembra-te que és mortal!).
É uma pena que Lula não tenha entre os seus quem o alerte para os excessos intoxicantes da vaidade que cega.
É uma pena que Lula ame apenas a si mesmo e não ao país, transformando uma parte significativa de nossa população em inimigos sobre quem açula seus cães.
É uma pena que ninguém lhe diga, francamente, que o rei está nu – que sua habilidade de comunicação só funciona para dois segmentos: os que se renderam a essa nova forma de fanatismo criada por seu partido; e a parcela da população cuja ausência de educação é louvada como vantagem e não como vergonha.
Despido de riquezas morais, passará à história como fanfarrão histriônico.
Órfão de qualidades éticas, não consegue reconhecer que ultrapassou todos os limites.
Desabituado à reflexão, não vê além dos limites das necessidades básicas.
Embriagado pela bajulação, não consegue ver nas críticas de milhões de brasileiros a advertência severa para seus excessos.
Tudo isso, Lula já havia demonstrado sobejamente em ocasiões anteriores.
Ontem apenas reafirmou, em rede nacional, que desconhece o significado da palavra grandeza.”
Jornalista Sônia Zaghetto.
"Cave ne cadas"
Expressão latina: Cuidado, não caias. Advertência que fazia um escravo ao triunfador romano, para que ele não se deixasse possuir pelo orgulho excessivo.
Cuidado, não caias, és apenas um homem.
Cuidado, não caias ao tropeçares no teu orgulho e vaidade.
Chegando em Roma após uma campanha vitoriosa um general romano era recebido com o "Triunfo". O Triunfo era uma das maiores solenidades da antiga Roma e a maior recompensa dada aos generais vitoriosos. Vestido de púrpura com uma coroa de louros na cabeça, num magnífico carro puxado por quatro cavalos brancos e precedido por senadores, rodeado por parentes e amigos, seguido por todo o seu exército e por um grande número de cidadãos, o general vitorioso - o Triunfador - era conduzido em pompa ao Capitólio Romano. Adiante dele iam os despojos dos inimigos vencidos – ouro, quadros e objectos de arte e riquezas das regiões que havia conquistado. Com correntes de ouro e prata iam à frente os reis e os chefes prisioneiros. Atrás, as vítimas que deveriam morrer.
Durante essa cerimónia, para abater o orgulho que um aparato tão deslumbrante pudesse inspirar ao Triunfador, um escravo, colocado atrás dele, no mesmo carro, juntava uma voz discordante às aclamações da multidão e alertando-o para a embriaguez da glória, falava ao vitorioso: "Cuidado! Não caias!" ("Cave ne cadas").
“Cave ne cadas
La locuzione latina “Cave ne cadas”, tradotta letteralmente, significa "attento a non cadere".
Nell'antica Roma l'imperator (comandante di un esercito) che al termine di una guerra vittoriosa avesse ucciso almeno 5000 nemici (media spesso ricorrente) otteneva dal Senato l'onore del trionfo. Sul cocchio che lo portava verso il Campidoglio si trovava anche uno schiavo con il duplice incarico: reggere la corona al vincitore e, pulce nell'orecchio, sussurrargli: ricordati che sei un uomo, attento a non cadere (cave ne cadas).”(Wikipédia)
(Cabano)
(Cabano)
Vai ver que foi por isso que o J.P. 2 virou santo, a igrejaCatólica tá sempre do lado do poderoso de plantão.
"João Paulo II vira beato, logo será santo.
Publicado em maio 3, 2011 por Janeslei
May 2nd, 2011 by miltonribeiro
Nada a ver, tudo a ver: @portao8 @mafama Se matassem Barack Obama e milhares de pessoas fossem festejar a morte nas ruas, a “civilização ocidental” as chamaria de quê?
Parabéns, João Paulo II!
O papa João Paulo II, beatificado neste domingo por seu sucessor Bento XVI, poderá ser canonizado “dentro de alguns anos”, declarou o número dois do Vaticano, cardeal Tarciso Bertone, em uma entrevista concedida à televisão italiana. Bertone afirmou que, para tanto, “basta um milagre cientificamente provado e considerado como tal, uma cura vista como inexplicável do ponto de vista científico pela comissão médica e teológica, assim como pelos cardeais e bispos membros da Congregação para a Causa dos Santos”.
Papa João Paulo II e o General Augusto José Ramón Pinochet Ugarte.
“Entenda acusações contra atuação do papa na ditadura argentina
14 março 2013
As acusações de que Jorge Mario Bergoglio teria sido "omisso" ou até "cúmplice" da repressão da última ditadura argentina (1976 - 1983) estão entre os motivos pelos quais o novo papa não é unanimidade em seu país.
...
Bergoglio estava à frente da Ordem Jesuíta quando os militares tomaram o poder na Argentina e seu nome é associado a pelo menos dois episódios obscuros desse período.
Segundo o jornal Pagina 12, há testemunhos de que em 1976 Bergolio teria "retirado a proteção" da Igreja dos sacerdotes jesuítas Orlando Yorio e Francisco Jalics, que faziam trabalho social com comunidades carentes de Buenos Aires, e terminaram sendo sequestrados e torturados. ...
O segundo episódio sobre o qual o novo papa foi obrigado a prestar esclarecimento para a Justiça diz respeito ao desaparecimento da bebê Ana de la Cuadra nas mãos dos militares.
Bergoglio foi chamado a testemunhar quando era arcebispo de Buenos Aires, à pedido da Promotoria do país e da organização Avós da Praça de Maio - formada pelas avós de crianças sequestradas pela ditadura -, mas ele pediu para dar sua declaração por escrito.
...”
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/03/130314_ditadura_papa_ru