“Khwāja Šamsu d-Dīn Muḥammad Hāfez-e Šīrāzī (em persa: خواجه شمسالدین محمد حافظ شیرازی), conhecido por seu pseudônimo Hāfez ou Hafiz, foi um poeta lírico e místico persa,
nascido entre 1310 e 1337 na cidade de Xiraz na Pérsia (Irão),
filho de Baha-ud-Din.
Suas
obras selecionadas (Divã) podem ser
encontradas nas casas da maioria dos iranianos,
que aprendem seus poemas de cor e os usam como provérbios e ditados até hoje.
Sua vida e seus poemas têm sido objeto de muita análise, comentário e
interpretação e têm influenciado a literatura persa pós-século XIV mais do que
qualquer outra coisa.
Os
principais temas de seus gazeis são o amor, a celebração do vinho e da
embriaguez e a exposição da hipocrisia daqueles que se colocaram como
guardiões, juízes e exemplos de retidão moral. Seus poemas líricos, são
notáveis por sua beleza, por fruir do amor, pelo misticismo e por temas sufi que haviam permeado a
poesia persa.
Sua
presença na vida dos iranianos pode ser sentida através da leitura
de Hafez (fāl-e hāfez, em persa: فال حافظ),
uso frequente de seus poemas na música persa tradicional,
artes visuais e caligrafia persa. Seu túmulo em Shiraz é uma obra da arquitetura iraniana e frequentemente visitada. Adaptações,
imitações e traduções de poemas de Hafez existem em todos os principais
idiomas.
https://www.youtube.com/watch?v=tNV44SEWAJY
No início, os pássaros não tinham o desejo de voar.
O que realmente aconteceu foi isto:
Certa vez Deus sentou-se perto deles tocando música.
Quando Ele partiu, eles sentiram tanto a Sua falta
que seu anseio fez asas brotarem neles,
necessitando vasculhar os céus.
O que realmente aconteceu foi isto:
Certa vez Deus sentou-se perto deles tocando música.
Quando Ele partiu, eles sentiram tanto a Sua falta
que seu anseio fez asas brotarem neles,
necessitando vasculhar os céus.
Aborrecido?
Então fique comigo, pois Eu não estou.
Solitário?
Milhares de seres apaixonados e nus
habitam as cavernas antigas debaixo de
Então fique comigo, pois Eu não estou.
Solitário?
Milhares de seres apaixonados e nus
habitam as cavernas antigas debaixo de
Minhas pálpebras.
Riquezas?
Tome aqui um punhado,
todo Meu corpo é uma esmeralda que implora.
Riquezas?
Tome aqui um punhado,
todo Meu corpo é uma esmeralda que implora.
Eu aprendi tanto de Deus,
Que já não posso mais chamar-me
Cristão, Hindu, Muçulmano, Budista, Judeu.
Que já não posso mais chamar-me
Cristão, Hindu, Muçulmano, Budista, Judeu.
Angelus
Silesius