sábado, 11 de fevereiro de 2017

HISTÓRIAS MESTIÇAS

Versos mulatos

Encontro entre historiadora e curador produz uma exposição admirável sobre as matrizes mestiças do povo brasileiro

OLHAR DE DENTRO – “A Primeira Missa” - (2014), de Luiz Zerbini, faz releitura da história

22.08.14 - 20h50 - Atualizado em 21.01.16 - 13h18

HISTÓRIAS MESTIÇAS/Instituto Tomie Ohtake, SP/ até 5/10

Há 16 anos, quando o curador Paulo Herkenhoff decidiu trabalhar com o conceito da antropofagia, a Bienal de São Paulo produziu uma de suas mais importantes edições. Entre outros feitos, a exposição se tornou notória por estabelecer relações entre a história da arte brasileira e a mundial, conquistando o respeito da comunidade internacional. Ao embaralhar períodos e estilos e operar segundo o princípio da “contaminação” entre eles – aproximando, por exemplo, a escultura contemporânea de Tunga à pintura europeia do século 16 –, Herkenhoff desafiou a história institucionalizada. A “Bienal da Antropofagia” instaurou um pensamento que, segundo o curador, não se esgotaria ali. O princípio da contaminação ecoa desde então em muitos projetos. Mas nenhum deles havia tocado a questão de forma tão vigorosa e contundente quanto a exposição “Histórias Mestiças”, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake.

http://istoe.com.br/378969_VERSOS+MULATOS/


"Uma jovem himba próximo ao rio Katapati em Marien Fluss, Kaokoland. Namíbia. 2005."

(Sebastião Salgado, foto Cabano, 111014, Brasília)


Capital do Brasil, capital das lixeiras, capital dos corruptos, é todo tipo de lixo.

(Cabano, Brasilia, 111014)


ABORTO NÃO!

Qualquer interrupção deliberada da vida humana é assassinato, seja qual motivo for.

"Certo dia uma jovem bem jovem me disse/ "Fernanda estou gravida, e agora?"/ Suas mãos eram negras e frias/ Tremiam suavam, buscavam as minhas mãos/ Ela me revelou que chorava e pensava em aborto,/ Ela me revelou que chorava e pensava em morte,/ Ela me revelou que chorava e pensava no cara,/ Sozinha, chorava.//

Eu sei como difícil pode ser/ A dor de quem não fez por merecer/ Eu sei o que é querer e não poder; O que é sonhar com uma criança em meu ventre/ Falei do sonho que era conceber/ Contei quantos perdi sem merecer/ Chorei! e implorei em oração/ Não mate essa criança inocente/ Ela foi escolhida dentro do teu ventre.//

Eu sou a voz que você nunca ouviu/ Mamãe, um beijo que nunca te traiu/ Eu sou e quero ser como você/ Serei seu maior presente, me deixa nascer!"

Fernanda Brum

(040217)


Muito engraçado se não fosse genocídio, os países mais ricos sempre enfatizam a salvação do planeta não de todos que nele habitam porque os indivíduos dominantes querem salvar o planeta só para eles e alguns pobres para limparem as sujeiras dos ricos.