§
Garçom, mais 2 "batidas"!
“Dunga, a seleção e a cachaça
Por Alex Antunes – qua, 23 de jul de 2014
"...
Continuar a desenvolvê-los (a cachaça e o futebol) como cultura – e como negócio – implicaria em entender como reposicioná-los no mundo atual. Porque o uísque e o bom conhaque (e o vinho) são “nobres”? Só porque alguém disse que são. Tanto quanto a vodca, o gim e a pinga, já foram o consolo barato de muito bebum, por séculos e séculos.
...
O detalhe é que os holandeses, expulsos de Pernambuco em meados do século 17, levaram a cana e as técnicas de destilação para o Caribe, e de lá a nova bebida, agora chamada de rum, ganhou o mundo, enquanto a original cachaça permanecia desconhecida.
Mais que isso, a nossa elite nacional sempre costumou apreciar bebidas importadas, deixando à cachaça a memética de “bebida de pobre”. É recente a percepção do apreço que os gringos dedicam à cachaça e a bebidas preparadas com ela, em especial a caipirinha. Ainda que de algumas décadas para cá prosperem os fabricantes de cachaças “finas”. Mas, em ambientes ditos finos, a própria caipirinha é preparada com outros destilados, de origem estrangeira.
...
Com a escolha de Dunga, (mais uma) onda de indignação percorreu os meios futebolísticos. Dunga, apesar de ter conquistado um título mundial em 1994, como jogador e capitão da equipe, é considerado o oposto da finesse, o representante do approach mais simplório.
A respeito dele escreveu Tostão, hoje: “Para Dunga, o futebol se resume a ganhar ou perder. Por isso, disse, tempos atrás, que não entendia porque o time de 1982, que perdeu, é tão elogiado. Ele nunca vai entender”. Isso já não é paixão patriarcal, é metapatriarcal: não basta ser “vencedor”, tem que ser autoritário, inculto e truculento. Como a própria CBF, de quem Dunga é cria.
Se fosse degustar e qualificar cachaças, Dunga provavelmente as separaria sutilmente assim: entre as que derrubam, e as que deixam o bebum em pé.”
https://br.noticias.yahoo.com/blogs/alex-antunes/dunga-sele%C3%A7%C3%A3o-e-cacha%C3%A7a-002342099.html#more-id
§
Assim como tem a Lei da Relatividade, a Lei de Murphy e a Lei de Arquimedes, tem a Lei da Presença, do grande – outro – cientista do absurdo L. T. Rex: se você deixar um copo enchendo num filtro de água, ele encherá muito mais rápido se você não ficar lá olhando. Uma panela com leite ferverá muito mais rapidamente, também, mas se ficar observando, vai demorar muito mais para ferver e etc. (em 240414)
Deus abriu as nuvens e tronitroou: -- Noooéééé! Constrói uma canoa bem grande, 10 vezes maior que o Titanic! E o Noé: -- O que é Titanic, Senhor? – Não interessa, anota aí as medidas.
Bé-hé-hé-hé-hé!
(em 250414)