domingo, 10 de agosto de 2014

IMPÉRIO DAS 1.001 SALOMONETES

Eu acho que Israel quer de volta o Império do Salomão.

"A zona acinzentada mostra a "Palestina" reivindicada pela Organização Sionista Mundial em 1919.

(Fonte: Ruedy in Abu Lughod, A Transformação da Palestina)"

“O acordo Sykes-Picot em 1916

Pappe fornece uma breve resenha histórica até à Nakba e alguns capítulos no final do livro sobre a atual situação dos palestinianos. O que se segue é uma descrição temporal muito abreviada dos acontecimentos que antecederam a Nakba.

Os primeiros colonatos sionistas começaram em 1878, quando a Palestina, como muito do Médio Oriente, fazia parte do Império Otomano. Em 1917, com o fim da II Guerra Mundial e a derrota dos otomanos, o exército britânico marchou até à Palestina e tomou o seu controlo. Mais tarde, nesse mesmo ano, o britânico Sir Balfour emitiu a Declaração de Balfour que prometia um “território nacional” aos judeus em terras palestinianas, apesar de, segundo a maioria dos registros, os judeus constituírem apenas 8% da população, ou mesmo menos segundo algumas estimativas. A Liga das Nações legalizou a ocupação britânica ao dar-lhe um mandato para administrar a Palestina. Em 1938, começaram importantes combates entre judeus e palestinianos. As bombas da organização militar sionista Irgun mataram 119 palestinianos; as bombas palestinianas mataram oito judeus. Em 1947, a Grã-Bretanha comunicou às recém-formadas Nações Unidas que se retiraria da Palestina. Em Novembro, a ONU formulou o plano de divisão da Palestina em dois estados. Em Dezembro de 1947, os sionistas iniciaram as expulsões em massa de palestinianos. Quando os britânicos retiraram em Maio de 1948, os sionistas declararam a independência. A Nakba continuou até aos primeiros meses de 1949.

O livro de Pappe revela como o movimento sionista planeou meticulosamente, executou, mentiu, e depois negou a sua apropriação da terra palestiniana e a remoção (pela força ou pelo terror) da sua população. Ele mostra as políticas israelitas contra a minoria palestiniana dentro de Israel, bem como na Cisjordânia e em Gaza, no seu devido contexto histórico, repondo a verdade sobre a conceptualização da situação que os palestinianos hoje enfrentam. Pappe apenas toca brevemente no papel de Theodor Herzl, o fundador do movimento sionista no início dos anos 1800, para mostrar quão profundamente enraizado está o conceito de “transferência” da população indígena, a forma como o “problema demográfico” é visto hoje pela maioria dos israelitas como uma continuação da visão exclusivista sionista original. Um mapa de 1919 mostra claramente as intenções sionistas de se apoderar de toda a Palestina. Os ideólogos de Herzl declararam que havia “estrangeiros” a viver na sua terra bíblica, e por estrangeiros eles queriam dizer todos os que não fossem judeus, embora a maioria dos judeus da Palestina tivesse partido a seguir ao período romano. E mesmo hoje em dia, uma sondagem recente indicava que 68% dos judeus israelitas queriam que os cidadãos palestinianos de Israel fossem “transferidos”.

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"Nakba é uma palavra árabe que significa "catástrofe" ou "desastre" e designa o êxodo palestino de 1948 (em árabe, 1948 , translit. 1948 al-Hijra al-Filasṭīnīya), quando pelo menos 711.000 árabes palestinos, segundo dados da ONU, fugiram ou foram expulsos de seus lares, em razão da guerra civil de 1947-1948 e da Guerra Árabe-Israelense de 1948.

O êxodo palestino marca o início do problema dos refugiados palestinos, um dos principais elementos do conflito árabe-israelense.

Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), refugiados palestinos são as "pessoas cujo lugar de residência habitual era o Mandato Britânico da Palestina entre junho de 1946 e maio de 1948 e que perderam suas casas e meios de vida como consequência da Guerra árabe-israelense de 1948",5 ou seja, aqueles que foram obrigados a deixar a parte da Palestina que viria a constituir o Estado de Israel, indo para outras partes da região ou para países vizinhos.

A Resolução 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 11 de dezembro de 1948 seria a primeira de uma série de resoluções da ONU a mencionar a necessidade de se chegar a um acordo equitativo e justo para o retorno dos refugiados ou para compensá-los pelas perdas e danos sofridos.6 A ONU considera também os descendentes dos refugiados de 1948, de modo que o número total de refugiados registrados seria, atualmente, superior a 4 milhões." (wikipédia)