domingo, 29 de maio de 2016

A INOCENTE DA MAMADEIRA

A absolvição dela não foi anunciada com o mesmo destaque e estardalhaço.

“ROGÉRIO GENTILE

Injustiça brasileira

SÃO PAULO - Daniela Toledo do Prado tinha 21 anos quando foi acusada por uma médica, em uma sala de emergência, de cometer um crime pavoroso: matar a própria filha, uma criança de um ano e três meses, com uma overdose de cocaína.”

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/22120-injustica-brasileira.shtml


"APRESENTAÇÃO DO CASO

Daniela Toledo do Prado, 23, foi detida sob acusação de matar seu bebê por overdose de cocaína. A suspeita se deu quando foi encontrado na língua e na mamadeira da criança uma substancia branca. O Instituto de Criminalística afirmou ser cocaína. A acusada foi presa e sofreu agressão por parte de outras 19 presidiárias. Teve um de seus ouvidos perfurados por uma caneta e perdeu parte da audição. Após ter sido brutalmente espancada e ter o maxilar quebrado, a mãe da criança foi retirada inconsciente da cela e transferida para um hospital local.

Daniela Prado foi rotulada pela imprensa como ex-viciada, psicótica e alienada, tratada também como “O Monstro da Mamadeira”. Após conclusão dos laudos da polícia verificou-se que o pó branco encontrado não era cocaína. Dias antes da morte da menina, a mãe foi vítima de estupro por parte de um dos médicos do hospital onde sua filha estava internada.

AVALIAÇÃO DO CASO SOB O PONTO DE VISTA ÉTICO

Em debate com o grupo

Levando-se em consideração que a televisão é um dos meios de comunicação mais utilizados no Brasil, e que nem todos os brasileiros têm acesso à internet, boas revistas e jornais impresso, grande parte da informação que a população recebe está limitada ou manipulada. A grande mídia atual tem um grande poder de influência, fazendo com que as pessoas percam o senso crítico e passem a acreditar em pequenos grupos que detêm o cenário da informação, como é o caso do Brasil.

É evidente que neste caso a imprensa tomou como verdade aquilo que a polícia ainda estava investigando. Resultado: matérias mal apuradas e injustiça, com conseqüências gravíssimas à pessoa alvo das falsas acusações. Certamente Daniela Prado teve sua vida prejudicada depois desse fato. A imprensa denunciou o caso com muitos detalhes, contudo, informações erradas, o que pode ser considerado um crime jornalístico.

..."

https://marilialopess.wordpress.com/2010/04/18/o-monstro-da-mamadeira/



"quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O 'MONSTRO DA MAMADEIRA' E OS MONSTROS DA LEI E ORDEM

A coluna desta 5a. feira de Rogério Gentile na Folha de S. Paulo, Injustiça brasileira, expõe um caso semelhante ao da Escola Base -- aquela acusação igualmente precipitada e bombástica (assédio sexual) que, em 1994, um delegado ávido por holofotes fez aos proprietários de uma escola para crianças em São Paulo.

A mídia sensacionalista açulou a turba e os coitados tiveram a escola depredada, além de quase serem linchados. Depois, ficou provado que eram inocentes.

É revoltante ao extremo. Transcrevo-a na íntegra.

Daniela Toledo do Prado tinha 21 anos quando foi acusada por uma médica, em uma sala de emergência, de cometer um crime pavoroso: matar a própria filha, uma criança de um ano e três meses, com uma overdose de cocaína.

Em estado de choque, sem conseguir dizer quase nada em sua defesa, foi presa e levada pelos policiais, sob gritos de "vagabunda", para a cadeia, onde foi espancada.

Seu rosto ficou desfigurado. Teve a clavícula e a mandíbula quebradas. Perdeu a audição do lado direito -uma das detentas enfiou e quebrou uma caneta em seu ouvido. Apesar dos gritos, ninguém a socorreu e, somente após duas horas, foi levada, em coma, para o hospital.

Trinta e sete dias depois, porém, foi solta quando um laudo provou que não era cocaína o pó branco achado na mamadeira e na boca da menina. Mesmo assim, a Justiça só a absolveu em 2008, dois anos após perder a filha e, como ela costuma dizer, a sua própria vida.

Desempregada, evita até hoje sair de casa sozinha por medo de apanhar em razão da repercussão do caso -era chamada de "monstro da mamadeira". Toma antidepressivos, assim como seu filho de oito anos; diz sofrer dores fortes na cabeça e convulsões. "Não me esqueço do delegado. Dizia ter aberto o corpo de minha filha, que estava cheio de cocaína."

Embora terrível, o caso de Daniela não é uma exceção no Brasil. Cerca de 205,5 mil pessoas, ou 40% do total, estão encarceradas, muitas há anos, sem julgamento. São os chamados "presos provisórios", confinados frequentemente nas mesmas celas de criminosos condenados.

Quantos, de fato, são culpados e deveriam mesmo estar presos? Impossível saber. Os que um dia conseguirem provar sua inocência poderão recorrer à própria Justiça em busca de indenização. Daniela, após tanto sofrimento, conseguiu. Ganhará módicos R$ 25 mil e uma pensão mensal vitalícia de R$ 414. Isso, claro, se o governo Alckmin, que nega culpa do Estado no episódio, não conseguir reverter a decisão.

P.S.: pesquisando o caso para esclarecer a dúvida de um leitor, descobri que ele é pior ainda do que parece. Tratou-se de uma ARMAÇÃO para desqualificar Daniela, que havia denunciado um quintanista de medicina por ESTUPRO. Há um extenso relato aqui. Minhas sinceras desculpas por ter fornecido informação incompleta."



Parque Burle Marx, Morumbi, São Paulo, o parque perfeito:

"Proibido:

A entrada de visitantes conduzindo animais;

Bicicletas, bolas, patins, patinetes, skates, pipas, etc., à exceção de caminhadas;

Vendedores, camelôs e ambulantes;

Pessoas alcoolizadas ou que agridam a moral e os bons costumes;

Colher flores, mudas ou plantas;

Subir ou escrever em árvores;

Danificar ou subtrair bens municipais;

Lançar galhos, detritos ou qualquer objeto nos cursos d’água;

Caçar e pescar;

Usar churrasqueiras ou fogueiras;

Molestar ou alimentar indevidamente os animais do Parque;

Montar barracas ou acampamentos;

Importunar, de qualquer forma, os demais usuários do Parque;

Usar alto-falantes ou aparelhos para amplificação de som;

Operar miniaturas de veículos, barcos ou aeroplanos de modelismo;

Distribuir material publicitário;

Filmar ou fotografar para fins publicitários ou comerciais;

Comercializar bebidas alcoólicas;

Fazer pic-nic;

Realizar eventos com finalidades políticas ou religiosas."

Um oásis de tranquilidade e paz.