sexta-feira, 21 de agosto de 2015

TERROR NA CICLOVIA

A ciclovia é no meio dessa rua de trânsito pesado onde de 2 em 2 minutos passam caminhões de lixo indo e vindo pois essa via leva a um lixão. Na foto tem 2 caminhões de lixo um indo e outro vindo é um convite ao atropelamento de ciclistas e pedestres.

Lá na frente do caminhão de lixo que está invadindo a via das bicicletas, está se aproximando um ciclista de camisa azul já olhando meio assustado o caminhão.

"20/08/2015

às 7:43

CICLOFASCISMO – Reengenheiro da humanidade não liga para alguns cadáveres

Por Reinaldo Azevedo

Minha coluna semanal será publicada amanhã, na Folha, a exemplo de toda sexta. Nesta quinta, escrevo um texto sobre as duas mortes ocorridas no espaço das pistas exclusivas para bicicletas.

Segue um trecho:

* O ciclofaixismo ciclofascista é um dos subprodutos da desintegração das esquerdas. Refiro-me à história das ideias, é claro! Os militantes do selim, em regra, nem sabem do que falo, como não sabem os que se aglutinam hoje em vários outros microfascismos.

Cada grupelho tem a ambição de organizar o mundo segundo seus hábitos, seus valores, seus próprios preconceitos. Da velha esquerda, essa gente herdou, por osmose, não por determinação intelectual, a vocação de refazer o homem desde o fim.

Morreram uma criança e um idoso? E daí? Segundo o prefeito Fernando Haddad, pedestres e ciclistas acabarão se entendendo. Um reengenheiro da humanidade não liga para alguns cadáveres. Quem não liga para alguns não liga para muitos milhões.

Continuo afirmando, a maioria desse pessoal que faz barulho pela bicicleta tem carro que deixa na garage algumas hora do fim de semana e sai em grupos com o sentimento de pioneiros ecologistas superiores ensinando aos relés mortais como ser civilizado. Além de muitos deles desrespeitarem regras de trânsito quando é conveniente para eles, atravessar faixa de pedestre montados nas bicicletas, passar montado pelo interior do prédio da rodoviária do Plano Piloto de Brasília, um dia desses um grupo de 7 ou 8 ciclista riquinhos todos equipados com bicicletas caras e todos os acessórios que existam no mercado, passou montado pelo térreo do edifício onde mora uma parenta minha sem nem ao menos reduzir a velocidade que vinham. Quando os admoeste simpaticamente alguns deles riram zombeteiramente.

Todos esses ciclistas moderninhos tentando ser europeus exigem veementes, respeito aos seus direitos em relação aos veículos auto-motores, mais fortes que eles, mas muitos deles não respeitam os direitos dos pedestres, mais fracos que eles. É a velha estória do peixe grande comendo o peixe pequeno, dízima periódica.

A calçada do lado esquerdo da foto termina num bloco de cimento que bloqueia toda ela obrigando o povo a caminhar na rua disputando espaço com os veículos. No lado direito não tem calçada, o espaço é ocupado pelos postes de iluminação.